Igreja do Carmo em Diamantina/MG.
Em Minas Gerais, principalmente nas cidades do interior, o catolicismo fez surgir desde os primórdios da ocupação, um número significante de igrejas dedicadas aos mais diversos santos que se possa imaginar.
Esses templos, a principio construídos por necessidade de nossos colonizadores, expressam fervorosos costumes das comunidades em torno da religiosidade e por consequencia influenciam o ritmo de vida desses fieis.
Uma marca mais que registrada dessas igrejas são os sinos. Os primeiros ou os mais valiosos, vieram da Europa no século XVIII, mas muitos dos foram fabricados aqui também cumpriram seu papel.
Em Diamantina temos uma curiosidade a respeito do sino da igreja do Carmo. A torre foi construída nos fundos da igreja. Segundo os antigos, para que as badaladas do sino não incomodassem o sono da famosa Chica da Silva que residia nas imediações. Ela foi uma escrava liberta a pedido do português João Fernandes de Oliveira, contratador dos diamantes e o homem mais rico do Arraial do Tejuco ( antigo nome de Diamantina), que apaixonou-se por ela e a fez sua amante, tendo o casal treze filhos, para o horror da sociedade na época. Não se sabe ao certo se ela era uma bela mulher, mas acredita-se que era mulata e muito vaidosa. Não saía nas ruas sem jóias e uma dúzia de mucamas muito bem vestidas a lhe fazer companhia. Morava num sobrado muito grande e rico, que o contratador lhe deixou quando voltou para Portugal. Tinha uma capela particular e um teatro em sua casa, além de belos jardins e muitos escravos.Seu nome de batismo era Francisca da Silva e nasceu de um relacionamento entre o português António Caetano de Sá e de sua escrava africana Maria da Costa em 1732, tendo falecido em 1796. Sua casa ainda existe e está muito bem cuidada. Abriga hoje um museu.
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