sábado, 22 de outubro de 2011

Apenas uma rua

Uma rua em São João Del Rey

Apenas uma rua.
Não sei o seu nome,
mas vejo suas cores,
cantos, encantos e amores.
Nas janelas de treliças,
nos casarões centenários,
nos detalhes que dão vida,
às fachadas decoradas.
Cada placa aqui indica,
coisas além da cobiça,
que das sacadas podem ser vistas.
E no instante do clique,
nenhum rumor, nenhum pavor,
tudo era  só silêncio,
tudo era calmaria e amor!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Cena cotidiana em uma praça de BH

Há algum tempo venho observando como os pássaros estão a cada dia mais presentes na área urbana da cidade. 
Essa foto tirei na Praça da Liberdade, do lado de um banco com pessoas assentadas, enquanto sem medo algum as pombas se alimentam de canjiquinha que alguém para elas levou.
Segundo os frequentadores da praça, essa cena é cotidiana! E... se repete em outras praças da cidade.
Da janela do meu apê, já num bairro mais tranquilo, muitas vezes no início de uma manhã ensoralada ou num final de tarde , sempre vejo algumas dezenas de pássaros pulando de galho em galho nas árvores da calçada ou do quintal da casa vizinha ao prédio. Alguns se permitem até uma voltinha por cima dos telhados.
No quintal do vizinho tem um pé de coqueiro licuri, e quando tem coquinho maduro... fica cheio de periquitos devorando-os. Eu até que tento tirar fotos, mas tenho muita dificuldade para vencer a esperteza dos bichinhos. É só perceber a máquina que eles vão logo embora!
Nesta época do ano é doce acordar com o canto dos sabiás! Ás vezes ouço os ben-ti-vis, e lógico, os bandos de periquitos.
Na semana passada li uma reportagem sobre a invasão dos pássaros e sua adaptação no perímetro urbano de Belo Horizonte. O relato  atribuiu o fato aos vários incêndios nas áreas de preservação e parques da região metropolitana.
Citaram mais de vinte espécies que conseguem sobreviver entre nós. Eu já observei algumas delas buscando alimentação até numa lixeira! Sinal de que eles estão encontrando o que vieram buscar...

domingo, 2 de outubro de 2011

A Lagoa da Pampulha nos anos 50

Quem observa essa imagem, na verdade  uma foto de um velho cartão postal, dos vários que tenho em minha coleção, nem imagina o quanto já foi chique e elitizado um passeio na orla da Lagoa da Pampulha...
Do início dos anos 40 até meados dos anos 60, era o passeio preferido pelas famílias da Capital mineira.
De corrida de carro ao velho banho na piscina do Iate Clube, ali era só diversão! Além é claro, do espaço "democrático" que não custava tão barato assim, por exemplo os passeios de barco ou canoa pelo leito da lagoa, naquele tempo com águas ainda sem poluição!
Na verdade, a barragem da Pampulha foi idealizada no final da década de 30, do século passado, para resolver parte do problema do abastecimento de água na região norte da cidade, considerada naquele tempo uma área rural. A partir de 1940, com os projetos de urbanização a área foi aos poucos sendo transformada num ponto turístico, se tornando  um dos símbolos da cidade de Belo Horizonte, infelizmente bem maltratado nos dias atuais... 
A denominação Pampulha foi herdada do nome de uma fazenda que abrangia o espaço onde hoje fica todo o complexo turístico da região. Pampulha significa " campo de pedra ". Acredita-se que a palavra é de origem portuguesa e é o nome de um antigo bairro de Lisboa, utilizado aqui por imigrantes portugueses que teriam sido proprietários da fazenda que deu origem ao lugar.