sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Até que enfim, criei coragem!!!

Há muito tempo venho pensando em escrever sob o meu olhar pela cidade, as pessoas, os problemas cotidianos, alegrias e tristezas, a natureza e tantas outras coisas que me passam ou já passaram pela vida. Cheguei a escrever versos sobre a vida nos grandes centros urbanos, mas nada que me levasse a dar continuidade nos registros.
Hoje, criei coragem e abri esse blog, que a partir de agora pretendo usar como um diário moderno, digo moderno porque sou bastante saudosista,e os que me conhecem irão assustar com tamanha ousadia.
Por falar em coisas antigas, ouço enquanto escrevo um programa de TV que um parente aqui em casa está assistindo.Não que o programa seja velho, mas o tema do programa é que está voltando ao passado, colocando no ar alguns cantores que me remetem a época de minha infância. Um tal de Genival Lacerda, que canta músicas que minha mãe detestava e achava muito indecentes, até desligava o rádio quando elas tocavam. Em minha infância o rádio ainda era bastante presente em todas as casas. Lembro-me aqui em Belo Horizonte que as rádios mais ouvidas eram Atalaia, Cultura, Itatiaia e Guarani, todas em AM. depois surgiram as FM e foi uma revolução, porque a programação era bem mais moderna, principalmente as músicas.
Lá em casa o rádio era ligado as cinco da manhã, meu pai escutava o programa "Delmario é o espetáculo" num aparelho a pilha que ficava na cabeceira de sua cama. No meu quarto eu acordava com o som e ouvia mesmo achando aquilo um atraso de vida. Até hoje lembro os versinhos de abertura do programa, algo mais ou menos assim: " no terreiro um pé de cana, umas torceiras de banana, São Domingos e São Tomé, eu sou o manjeiricão e pra lá do ribeirão uns pezinhos de café". Delmario fazia o programa com uma apresentadora chamada Tina ou Dina Gonçalves.

19 comentários:

  1. Nossa...Ler esta matéria para mim, foi uma feliz volta ao meu passado, quando na época eu não tinha um centavo para ir a cidade e ver e entrar nos circos, e quando ocorria que eu estava na cidade ( o que era muito raro) só ouvia, por não tinha grana para entrar, nos circos e acho que ate por isto eu era tão fascinado pelos circos (Alias ainda sou ate hoje) que praticamente não existe mais.

    Em 1971, quando eu estudava na cidade de Buenopólis MG, que conheci algumas duplas, como por exemplo: Cascatinha e Inhana, Marani e Maringá, entre alguns outros, mas o que tenho até hoje em minha mente foi Caçula e Marinheiro, que ficaram hospedado na casa que eu também era hospede, eu porque ficava da casa de amigos do meu pai para cursar 3º serie do primeiro grau, e eles por economizar alguns trocado não pagando hotel, pois naquele época, era normal usar este artifício, o encontro foi tão magnífico que me tornei um dos maior fãs desta dupla, que sem duvida alguma esta no rol das melhores deste nosso imenso Brasil.

    Mas tarde já quando adulto tive a felicidade de conhecer de perto alguns artista e donos de circos, como o Lambreta, cujo o nome é Wilson Firmo de Carvalho, entre outros como o Cheiroso o Pouca Roupa e etc., sendo que o Lambreta é um amigo meu.

    Hoje Gostaria muito de saber mais sobre o grande Delmário, que na época apresentava o programa Delmário é o espetáculo na radio inconfidência de BH, juntamente com Tina Gonçalves.

    Em tempo aqui o meu e-mail se alguém quiser conversar comigo sobre aqueles áureos tempos

    vaninhosouza2010@gmail.com

    e Meu Site

    www.gentedeminhaterra.blogspot.com

    Abraços a todos.

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  2. Bom dia.
    Que bom encontrar neste espaço alguém que vivenciou parte daquilo que vivi e que de certa forma me marcaram muito. Tua citação acima, referente ao programa da rádio Inconfidência (Deomario é o Espetáculo ) havia a participação especial da Tina Gonçalves, apresentadora do "A hora do fazendeiro ". Havia também uma citação: "toca bandinha, toca, vai tocando sem parar, que ocê tocando bandinha, faz a gente recordar, do coreto da pracinha do meu querido arraial, toca bandinha toca, vai tocando sem parar, Vai dizer pra essa saudade ir bater noutro lugar". E havia outra com participação dos dois apresentadores que era mais ou menos o seguinte: "Deomario - se o senhor for conhecer as terras do meu sertão, visite esse caboclo que está a sua disposição, tem carne assada, farinha, rapadura, requeijão - Tina Gonçalves - tem mulheres pra lhe servir - Deomario - é, é, é numas coisas, noutras não ".
    Obrigado mais uma vez pelo espaço.

    Geraldo Pereira
    e-mail : gaps1966@gmail.com

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  3. Geraldo Pereira, se não fosse você que tivesse escrito esse texto, eu com certeza diria que foi escrito por mim. Abraço !

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  4. Desejo muito recuperar a letra completa do poema citado acima: "toca bandinha, toca, vai tocando sem parar, que ocê tocando bandinha, faz a gente recordar, do coreto da pracinha do meu querido arraial, toca bandinha toca, vai tocando sem parar, Vai dizer pra essa saudade ir bater noutro lugar" e também, "Delmario - se o senhor for conhecer as terras do meu sertão, visite esse caboclo que está a sua disposição, tem carne assada, farinha, rapadura, requeijão - Tina Gonçalves - tem mulheres pra lhe servir - Delmario - é, é, é numas coisas, noutras não!"

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    1. Toca bandinha toca vai tocando sem parar vai dizer para essa saudade e bater no outro lugar porque o bandinha você tocando faz meu peito recordando do Coreto lá da praça do meu querido Arraial

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    2. Tem a gravação deste poema

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  5. Depois de visite este caboclo que está a sua disposição,a voz feminina falava assim:tem uma rede bonita, a balançar la no sertão.

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  6. Acordava cedo para ir a escola. E como sempre todos os dias o Rádio ligado na Rádio Inconfidência, (O gigante do ar). Programa "Delmário é o espetáculo". Um de seus versos:

    Aí, vai um versim prá mode ocêis cupiá!
    Esse verso era recitado sempre no pograma do Delmário é o Espetáculo, pela Rádio
    Inconfidença de Beozonte! Dedicada aos nosso interiô, nosso sertão Mineirim!

    Toca bandinha, toca,
    vai tocando sem pará.
    Vai dizé pressa soldade,
    ir baté notro lugá.

    Toca bandinha toca...
    Vai tocando sem pará.
    Qui ocê tocando bandinha,
    Faiz a gente recordá.
    Do coreto da pracinha,
    do meu querido arraiá.

    Toca bandinha toca,
    Vai tocando sem pará,
    Que os versinho mais singelo
    prá docê sempre lembrá.

    Toca bandinha, toca!!!!
    Vai tocando sem pará.
    Prá que nesse sertão Mineiro,
    Os meu verso num acabá!

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    1. Obrigado pelo presente incrivel que me deram... lembro desses versos da radio quando eu tinha 06 anos de idade... e o verso ainda toca meu coração.
      Programa ElMario é o espetáculo... bons e inocentes tempos... Gratidão pelas postagens!

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    2. Fiquei emocionada! Foi uma volta no tempo...minha mãe ouvia todos os dias esse programa e eu acordava todos os dias para ir à aula, ouvindo esses versos. Há muito buscava alguma referência sobre e fiquei muito feliz em descobrir esse Blog e tantas pessoas que compartilham o mesmo sentimento de saudade.

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  7. Amei. Também cresci ouvindo estes e outros versos. Estão sempre em minha cantoria e tbm as propagandad que amo cantar. Minhas filhas riem mas sempre pego elas cantando minha coisas tbm.😁

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  8. Me fez lembrar quando cheguei na capital, tinha 07 anos, vindo de Engenheiro Navarro no norte de Minas, êta saudade danada desses versinhos.

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    1. Nossa que feliz coincidência de novo, eu apesar de nascer e ser criado em Bocaiuva, sou registro em Engenheiro Navarro, coisa que também era muita comum naquele tempo. Gostaria muito que todos vocês aqui pudesse fazer contacto comigo, através do e-mail vaninhosouza2010@gamil.com , se quiserem me add no FACE https://www.facebook.com/ ou então pesquise em Evangelista Jesus de Souza e convidem-me

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  9. Nossa, lembro tanto de minha mãe ligar o rádio e a gente ouvia esses versinhos até decorar. Eu era bem pequena mas lembro de tudo lá da roça. Queria muito encontrar o pena inteiro...terminava assim:"cheira a flor de manjericão e pra lá do ribeirão uns pezinhos de café"

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  10. Muito bacana de saber que tem muita gente que lembra do pai preparando pra sair pra trabalhar lembrado dos poemas caipiras do programa do Delmario é o espetáculo.

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  11. Que saudade me bateu agora, saudades da minha infância, saudades do meu querido pai, que toda manhã ligava o rádio antes de sair pro trabalho e ouvia este programa, se fechar os olhos ainda sinto o cheiro de café, biscoito frito e ao fundo ouço o poema da "bandinha" sendo recitado...

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  12. Que maravilha. Estava aqui pensando nestes versos, em que eu ouvia no Rádio, eu tinha uns 10 anos de idade, hoje tenho 55, e naquela época acordava cedo para ir trabalhar na feira, ajudar meus pais. Fico feliz com este texto que lembra a minha infância. Obrigado.

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  13. Como eu queria ler aqui o na integra o Poema : Se o Senhô for conhecer as terras do meu sertão ...

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  14. Pra amenizar a saudade dos programas do Delmario na Radio Inconficencia. quando criança no ES, eu não perdia um. rsrsrsr

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