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sábado, 23 de novembro de 2013

Uma história de intolerância e discriminação


fonte: http://noivadocordeiro.zip.net/historia/
Hoje assisti a uma reportagem sobre a história da Comunidade Noiva do Cordeiro. Por ter achado interessante a trajetória de luta e resistência apresentada por seus moradores, achei válido postar algumas informações, links e um vídeo com depoimentos reais sobre essas pessoas. 
Maria Senhorinha de Lima, moradora do povoado de Roças Novas estava casada há três meses com o  Arthur Pierre, quando decidiu abandonar o marido e viver com o lavrador Francisco Augusto Araújo Fernandes.
A atitude de Senhorinha, pouco comum para a época, fez com que o casal se tornasse alvo de preconceito. Eles se viram obrigados a viverem isolados quando a segregação por parte da população local começou a aumentar. Constituíram família e a discriminação envolveu também seus descendentes, levando-os ao isolamento de outros povoados e cidades da região.

O nome do distrito surgiu quando o pastor Anísio Pereira, entre as décadas de 40 e 50, casou-se com Delina Fernandes, uma das netas de Dona Senhorinha. Ele fundou no vilarejo a Igreja Evangélica Noiva do Cordeiro. 

O horror da população de Belo Vale para com nova igreja protestante, então, se uniu ao preconceito, que crescia nos povoados vizinhos. As moças eram chamadas de prostitutas, as crianças sofriam discriminação nas escolas e os homens tinham dificuldades para conseguir emprego.






quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Curvas de Niemeyer em Belo Horizonte

Os meios de comunicação anunciaram a morte do grande mestre da arquitetura contemporânea. 
Um homem que deixa marcas em forma de curvas, por onde sua criatividade passou. 
Sonhos, conquistas, realizações de uma vida plena, longa e ativa. Um ser que nos deixa  com a tranquilidade de alguém que viveu intensamente a família, o trabalho, a construção de um novo espaço social. Um homem que teve vida longa, amor, solidariedade, competência, sabedoria, fama e por aí vai... 
E como ele disse " um vida simples " , ao meu ver normal, como deveria ser para milhões de pessoas que entendem ser,  essa simplicidade, uma coisa anormal, e não um direito de todos.
Que Deus receba Niemeyer nas curvas de seu templo! 

Edifício Niemeyer, Praça da Liberdade, construído em 1954
Igreja São Francisco de Assis, obra de Niemeyer e Portinare

domingo, 24 de julho de 2011

Cheguei na hora, mas perdi o trem!



Trem da Vale rumo a Mariana.
 
Pico do Itacolomi.

É isso mesmo!!! Sexta-feira, férias, tempo bom e temperatura agradável. Levantei-me cedo e segui rumo à Ouro Preto levando comigo uma criança anciosa para fazer a viagem turistica  no Trem da Vale, que parte para Mariana às 10 horas. Tudo muito tranquilo, fora a neblina que atrasa um pouco a viagem nesta época do ano, um passageiro que embarcou no meio do caminho com sacos de laranjas lentamente acomodados no bagageiro do ônibus, dois turistas estrangeiros que falavam  um portunhol a toda altura no celular, um senhor com três crianças querendo ir ao banheiro a cada minuto e um casal de idosos tentando se esconder do vento vindo de uma janela que dois rapazes faziam questão de manter aberta. Enfim, fatos comuns de se presenciar quando embarcamos para uma viagem em transporte público.  
De Belo Horizonte a Ouro Preto são 98 km, o que normalmente se percorre em torno de uma hora e meia, exceto nos meses mais frios porque a neblina torna o percurso perigoso em alguns trechos e neste ano está ainda pior devido ao aumento do número de veículos que buscam ali um desvio rumo ao leste do estado devido aos transtornos causados pela queda da ponte sobre o Rio das Velhas, na rodovia que liga Minas Gerais ao Espirito Santo.
Desembarcamos em Ouro Preto às 9:15. Como já conheço bem a cidade, busquei um atalho até a estação ferroviária, mas atalho não quer dizer moleza ... Os morros e descidas acentuadas não há como se evitar por ali e o jeito foi colocar força na sola do sapato e acelerar.
Ao chegar na estação percebi um grande movimento de carros. Confesso que senti um mal presentimento. Entendo que os desavisados, por não conhecerem as condições do espaço geográfico da cidade, pensam que há facilidade de estacionamento por todos os cantos e assim formam uma confusão ... Em Ouro Preto o melhor é deixar o carro estacionado na entrada da cidade e caminhar para conhecer os monumentos. Mas aquele movimento indicava que a procura pelo passeio naquele horário estava grande...
Dito e feito! Além do movimento externo havia uma enorme fila para a compra de bilhetes para o trem. E nessa hora foi que descobri como é que mineiro consegue perder o trem! Pela primeira vez não consegui comprar o bilhete, e o pior ... Só havia bilhetes para a partida das 15:30. Tudo bem que ficar em Ouro Preto esperando a hora de embarcar no trem não é um castigo, tem muito o que se fazer ali, mas eu tinha planos de registrar tanta coisa em Mariana durante o tempo que teria de esperar para retornar no trem das 14 hs ! Fiquei desapontada. E a criança com carinha de choro...
Daí veio então a arte do improviso. Com uma criança impaciente para viajar pela primeira vez no trem, morros por todos os caminhos que nos levam às relíquias coloniais e cinco horas de tempo livre pela frente, decidi não me estressar. Criança gosta de espaço ao ar livre, por isso optei por passear nas praças, feiras, ruas e lado externo das igrejas setecentistas. Aproveitei para observar as construções que há muito já conheço,  mas que sempre tem algo novo a revelar. E assim o tempo passou. Almoçamos uma comidinha bem mineira e retornamos para a estação ferroviária, desta vez para embarcar no trem. A viagem foi ótima, mas essa eu conto na próxima postagem!


Casario da rua Cláudio Manoel.
 
Praça Tiradentes com o prédio do Museu da Inconfidêcia e o monumento em homenagem ao centenário da morte de Tiradentes.

Fachadas de casario colonial.

Sobrado onde residiu o inconfidente e poeta Tomás Antonio Gonzaga.


sexta-feira, 27 de maio de 2011

Um pedaçinho de BH para todos nós!

O bairro de Santa Tereza é um dos antigos de Belo Horizonte. É um recanto boêmio e cheio de histórias que se misturam por suas esquinas.
O bairro surgiu da ocupação de imigrantes italianos que eram numerosos  na época da construção da cidade por serem grande parte da mão-de-obra utilizada. Foi também local de uma colônia ( ou  hospital?) para pacientes em tratameno psíquicos,  e em tuberculose. Teve vários nomes dos quais podemos destacar  Imigração,  Quartel e Fundos da Floresta. O nome atual data de 1928 e é uma homenagem à padroeira da igreja católica do bairro,  que fica na praça Duque de Caxias, próximo ao quartel da Polícia Militar e bem de frente à escola referência na região, o Colégio Tiradentes.



Praça Duque de Caxias e a igreja de Santa Tereza.


Com o tempo passou ser um ponto de referência na cidade nos eventos músicais, folia carnavalesca, serestas, dança de salão e bares ...
Nesse espaço podemos citar o Bar do Bolão, famoso por servir "espaguete"  aos boêmios que passam por ali nos finais de noites animadas.  Saiba mais em http://www.restaurantebolao.com.br/historia.html



Bar do Bolão.


Outro patrimônio do bairro é a esquina da rua Paraisópolis com Divinópolis, onde no início dos anos 60 funcionou o famoso Clube da Esquina, formado por jovens cantores e compositores na trilha pelo sucesso. Fizeram parte desse grupo Milton Nascimento, Lô Borges e outros hoje consagrados na MPB. No local  funciona o interessante  Museu do Clube da Esquina. Saiba mais no http://museuclubedaesquina.org.br/ 



Por tudo isso e muito mais, não podereia deixar de mostrar aqui no meu cantinho mineiro, um pouco do que é o bairro de Santa Tereza em BH!


sexta-feira, 18 de março de 2011

Juquinha da Serra ou das Flores?

Foto de  fredecoturismo
José Patrício, morador da região do alto da Serra do Cipó, faleceu em 1983 e foi imortalizado numa bela estátua esculpida no alto da serra em 1987.
Conhecido por todos que moravam ou passam com frequência pelo lugar, atendia pela alcunha de "Juquinha da Serra ou Juquinha das Flores", apelido que ganhou pelo hábito de ficar na estrada parando os viajantes para entregar-lhes flores de sempre-viva que colhia pelos campos abundantes daquele sertão.
Juquinha entregava flores e pedia em troca alimentos, roupas e objetos de pouco valor. Foi sem dúvida uma figura folclórica em pleno século XX.
Hoje, os que passam por aquele caminho, não tem mais o Juquinha para oferecer-lhes flores, mas podem parar e tirar uma bela foto ao lado de sua estátua que passa vinte e quatro horas por dia  contemplando a bela paisagem do cerrado a se perder no horizonte.

terça-feira, 1 de março de 2011

Voltando ao tempo de criança!!!



Pessoal!!! Estive em São João Del Rei e Tiradentes nesse final de semana. Claro que fiz o delicioso passeio de Maria Fumaça, completando com uma rápida voltinha de charrete. Bom demais!!! Não sei porque, mas mineiro adooooora trem ... rsrsrsrs
Durante o passeio, não é que apareceu uma vendedora de delícias antigas! E olha só o que tinha no tabuleiro: PIRULITOS PUXA-PUXA. Huuuuummm!!! Voltei ao tempo de criança. Na minha memória e, na dos meus irmãos que também estavam comigo, veio a lembrança das manhãs de domingo, quando nossa mãe nos acordava bem cedinho para irmos à primeira missa do dia. Lá em casa toda família tinha que assistir à celebração juntos. Nós íamos um tanto quanto sonolentos e de certa forma impulsionados pela expectativa do "prêmio" que receberíamos após a missa. Nada a memos do que alguns desses deliciosos pirulitos, vendidos na feira de domingo que ficava há um quarteirão da igreja que frequentávamos.
Lembro-me que a banca onde podíamos comprá-los era logo a primeira  que encontrávamos ao entrar na rua transversal vindo no sentido igreja-feira. Era de um simpático casal que vendia verduras e legumes verdes, do tipo jiló, abóbora, pimentão, chuchu e outros. Quem fazia os pirulitos era a dona da banca e, depois da missa ela os vendia rapidinho para a garotada. Ah! Como era bom passar pela feira, comprar frutas, verduras, carnes, doces e queijos. A feira não tinha mais do que dois quarteirões de extensão, mas para mim, com os sentidos de uma criança, ela parecia enorme! Saudades de um tempo que não volta mais. Uma saudade gostosa, de pura felicidade!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Detalhes que nem sempre ficam na memória


http://nsconceicao-sabara.blogspot.com/

Ofício da Igreja Grande

Nossa Senhora da Conceição
Da Vila Real do Sabará,
Tem o seu trono na Igreja Grande,
Que, à beira-rio vai carregando
em seus ombros de taipa os séculos do ouro.
Suas naves abrem-se em arcadas,
Nichos escuros guardam seus Santos.
No chão de tábuas dormem os mortos,
Nas torres ficam os sinos roucos.
Nossa Senhora da Conceição
Da Vila Real do Sabará!
Mora a saudade na Igreja Grande
Toda escorrida de negrumes,
Mas à Senhora em seu altar
Eu vou pedir: - Rogai por nós ...
Os mortos não voltam mais e os vivos ocupados
Estão fundindo o ferro das montanhas,
E enferrujando as almas.
Outros venderam as suas alfaias,
Quase furtaram o Anjo Custódio;
Dizendo que era do Paraguai ...
Ficou sozinha Nossa Senhora,
Ficou sozinha no seu altar ...
Os sinos roucos estão calados,
Com mêdo de alguém que os vá tirar ...
Agora os vivos não vêm rezar,
Procuram imagens para furtar ...
Nossa Senhora da Conceição
Da Vila Real do Sabará,
Existe ainda quem te estremeça
De vivo amor do coração,
Na vila Real do Sabará.

( Augusto de Lima Júnior, 1966 )

Hoje, folheando o livro Noções de Cultura Mineira, de Wagner Ribeiro, publicado em 1966 pela editora FTD, que ganhei de mãos que confiam nos meus cuidados de preservação, deparei-me com o belo poema acima na página 231 e achei adequado transcrevê-lo aqui no blog.
Trata-se de uma reflexão sobre as notórias mudanças de comportamento já observadas naquela época para a relação homem-religião. O autor exalta o que representou o templo católico nos anos da riqueza aurífera e descreve os valores modificados, a ganância e depredação do patrimônio religioso.
Felizmente, após várias campanhas e investimentos em segurança a partir dos anos 90, a depredação material e o roubo vem diminuindo nas igrejas históricas mineiras.  
A imagem  de Nossa Senhora da Conceição é do século XVIII, tendo sido a igreja construída entre 1701 a 1710.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Helena Morley, Minha Vida de Menina


Foto de Helena Morley existente na edição abaixo.



Hoje quero sugerir a todos vocês leitores dessa postagem, que aventurem-se nas páginas do livro Minha Vida de Menina, de Helena Morley. 
Seu nome de batismo é Alice Dayrell Caldeira Brant. Nasceu em Diamantina no dia 28 de agosto de 1880 e faleceu no Rio de Janeiro em 22 de junho de 1970.
Minha vida de Menina, foi publicado pela primeira vez em 1942, embora tenha sido escrito entre os anos de 1893 e 1895. Tamanho o sucesso da obra, foi traduzido para o inglês,  francês, italiano e editado também em Portugal. Sendo a única obra escrita e publicada por Helena Morley.
Na realidade, o livro trata-se de um diário onde a autora registrou parte de seu cotidiano de menina provinciana nos fins do século XIX. São textos encantadores que a cada página nos revela a vida simples e pacata dos moradores da cidade de Diamantina num momento em que a atividade mineradora estava bastante decadente. Os conflitos sociais, a religiosidade, as disparidades econômicas, os relacionamentos familiares, o cotidiano infanto-juvenil, as tradições, o amor, o modismo e muito mais ...
Por ter ascendência inglesa, a autora revela a rede de ligações e intrigas entre os imigrantes europeus e a população local.
Segundo relatos da autora no prefácio de sua primeira edição, ela  tinha o hábito de escrever o que sucedia com ela no cotidiano. Vários cadernos foram escritos, principalmente porque era uma exigência do seu professor de português que os alunos fizessem uma composição (redação) diária com tema à escolha.
Esses cadernos foram guardados e esquecidos, reaparecendo em meio a uma mudança. E assim foram lidos para suas netas, no intuito de que elas ficassem sabendo como fora a sua vida de menina pobre no interior.
Fascinado com os textos, seu marido teve a iniciativa de transformá-los num livro,  para a surpresa de todos, com grande aceitação do público em todos os tempos.
Para os interessados em saber da história e dos costumes mineiros no século XIX é uma boa fonte de consulta.            
Após á leitura do livro é recomendável também o depoimento de alguém que conviveu com a autora já em idade avançada.

E, claro! Assistir ao filme Vida de Menina, inspirado nos relatos do diário de Helena Morley.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

E a surpresa é : O PRESÉPIO PIPIRIPAU

Pela sua grandiosidade artística e cultural, achei que esse merecia um post especial, mas ele também faz parte do acervo do espaço Museu de história Natural e Jardim Botânico da UFMG. Nessa época do ano é bastante visitado. Normalmente só pode ser visto em funcionamento nos finais de semana, para evitar o desgaste das peças que fazem suas 580 figuras, distribuidas em 45 cenas, funcionarem.  
É difícil captar pela lente de uma  máquina digital das mais simples, toda a beleza e o encantamento dessa obra prima que nos foi dada de presente pelas abençoadas mãos e a criatividade do artista Raimundo Machado de Azeredo. Só visitando e observando a movimentação dessa obra magnífica é que se pode começar a compreender o mistério que envolve o homem humilde, a criação e a vontade de realizar um sonho.




Presépio Pipiripau.
  

Engrenagem que movimenta o presépio.


Cenário mais alto e ao fundo.


Informações dos curadores.
  

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Quem conheceu Sinhá Olímpia?

Pessoal, tenho visitado vários blogs, só não estou conseguindo postar comentários, sempre dá erro de página. Portanto, parece que ando sumida, mas não é nada disso.  





 Só a conheço de nome, fotografias e pelos casos que se pode ouvir sobre sua pessoa nas palavras de antigos moradores de Ouro Preto, cidade onde andou pelas ruas em seus tempos de maior euroforia.
Olímpia angélica de Almeida Cotta, nasceu em 31 de agosto de 1889 no distrito de Santa Rita Durão, Mariana-MG, cidade vizinha a Ouro Preto. Teve 15 irmãos e seus pais eram fazendeiros abastados da região.
Com seu estilo despojado, colorido e sempre muito elegante de se vestir, era uma mulher alegre e divertida. Dizia-se noiva de dom Pedro II e tinha amigos imaginários, todos  eles personagens da história de Minas e já falecidos e sua época.
De fato, tinha problemas psicológicos que segundo contam, tiveram origem em paixão proibida pelo pai, que não permitiu o seu casamento com um rapaz que era pobre. Ela teria sido vitima de um feitiço da futura sogra, que em resposta à não permissão para o casamento enviou para ela uns abacates enfeitiçados que a fizeram perder a razão de viver serenamente.
O fato teria ocorrido em 1918, e a partir daí ela mudou seu jeito de viver. De deprimida e calada passou a agir como louca e andarilha. Foi morar em Ouro Preto e desfrutava de toda a movimentação da cidade, sendo bem aceita por todos. Contava e inventava histórias.
No seu visual não faltava um chapéu enfeitado com flores de papel colorido, um cajado, broches, e outros badulaques. Sempre com um cigarrinho na mão e a velha frase “ lá vai Ouro Preto embora, todos bebem e ninguém chora ...”.




sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Flores no jardim da minha vida

 www.mundodeflores.com/images/flores.jpg

Outro dia passei em frente à Escola Estadual. Na minha época de estudante era chamado de Grupo Escolar.
Das coisas que vivenciei ali me lembro do som do sino tocado por um puxão de corda, da disciplinária Dona Julieta que organizava a fila para a entrada na escola e de quando ela recebia de alguma criança uma flor e enrolava o cabo até as pétalas caírem.
Lembro-me também da diretora Dona Maria, magra e com sua boca torta metia medo na garotada.
Mas com carinho lembro-me mais das professoras: Dona Lú, Dona Zazá e Dona Iza. Todas muito bravas! Só de entrarem na sala todos se calavam e estudavam, principalmente para não levar o castigo de ficar copiando frases depois da aula.
Hoje comemoramos o “dia dos professores” e eu peço a Deus que lhes proteja e lhes conceda muitas felicidades. Não só a elas, já aposentadas e idosas, mas a todos que de alguma forma contribuíram para fazer de mim uma cidadã instruída e capaz de fazer pelos meus alunos pelo menos parte do que os meus mestres fizeram por mim.
Os professores são pessoas que fazem a diferença, num universo de abandono e descaso do poder público para com a educação.
Apesar da baixa remuneração e das difíceis condições de trabalho eles insistem em EDUCAR.
Meus professores serão sempre flores no jardim de minha vida.