sábado, 23 de novembro de 2013

Uma história de intolerância e discriminação


fonte: http://noivadocordeiro.zip.net/historia/
Hoje assisti a uma reportagem sobre a história da Comunidade Noiva do Cordeiro. Por ter achado interessante a trajetória de luta e resistência apresentada por seus moradores, achei válido postar algumas informações, links e um vídeo com depoimentos reais sobre essas pessoas. 
Maria Senhorinha de Lima, moradora do povoado de Roças Novas estava casada há três meses com o  Arthur Pierre, quando decidiu abandonar o marido e viver com o lavrador Francisco Augusto Araújo Fernandes.
A atitude de Senhorinha, pouco comum para a época, fez com que o casal se tornasse alvo de preconceito. Eles se viram obrigados a viverem isolados quando a segregação por parte da população local começou a aumentar. Constituíram família e a discriminação envolveu também seus descendentes, levando-os ao isolamento de outros povoados e cidades da região.

O nome do distrito surgiu quando o pastor Anísio Pereira, entre as décadas de 40 e 50, casou-se com Delina Fernandes, uma das netas de Dona Senhorinha. Ele fundou no vilarejo a Igreja Evangélica Noiva do Cordeiro. 

O horror da população de Belo Vale para com nova igreja protestante, então, se uniu ao preconceito, que crescia nos povoados vizinhos. As moças eram chamadas de prostitutas, as crianças sofriam discriminação nas escolas e os homens tinham dificuldades para conseguir emprego.






quarta-feira, 6 de novembro de 2013

As sacadas na Casa do Barão de Pontal em Mariana

Detalhe da renda esculpida em pedra-sabão.

Como é encantador andar pela rua Direita no centro histórico de Mariana e poder admirar os casarões coloniais que ocupam toda a extensão da via!
No universo de detalhes que compõem a magia estética que enobrece as construções, me chama a atenção as grades das sacadas, que não só enfeitam e facilitam a circulação do ar, mas também facilitam os alhares curiosos de seus moradores para a vida que transita no lugar. Isso por séculos... e séculos!
As sacadas são 99,9% confeccionadas em madeira ou ferro. Mas na rua Direita, no século XVIII, o talvez "exótico"  Barão de Pontal, o português Manuel Inácio de Melo e Souza, decidiu que as grades de suas sacadas seriam feitas em pedra-sabão.
O Barão viveu entre 1771 a 1859, foi presidente da província de Minas Gerais de 1831 a 1833, tendo ocupado também os cargos de juiz-de-fora em Goiás, deputado em MG e senador.

Faixa da casa do Barão de Pontal