Hoje amanheci muito atarefada. Imagine que é aniversário do meu sobrinho e afilhado de batismo. E na nossa família, já virou tradição a madrinha fazer o bolo do afilhado.
Na verdade, tenho feito ao longo da vida muitos bolos, porque nem todos os parentes possuem madrinhas vivas para fazê-lo. Não me importo com isso. Acho divertido. Entre erros e acertos, vou misturando ingredientes e o bolo acaba ficando pronto. Só uma vez é que aconteceu uma tragédia: após terminar o bolo de chocolate, fui colocá-lo na geladeira e não sei como deixei a bandeja virar e ele despedaçou-se. Fiquei tão desconsolada que preferi comprar um outro pronto a ter que aventurar-me a fazer um novo.
Comemorar aniversários em família é bom! Tem parentes que só vemos nesses dias de festa ou em velórios.
Daí, não falta assunto e todos se divertem com as novidades dos outros.
Nunca me interessei por saber como surgiram essas festas de aniversário, mas li num diário de uma menina do século XIX, que ela comemorou seu aniversário, ao que ela se referiu como "fazer anos". Lembro também que na minha infância as festinhas eram menos enfeitadas e não eram temáticas como hoje. Só havia um modelo de bolo: o de massa branca, recheado com doce de leite e com cobertura a base de clara de ovos e açúcar refinado, com umas gotinhas de anilina rosa para as meninas e azul para os meninos. Ah! As confeiteiras espalhavam bolinhas prateadas por cima da cobertura. Não se servia refrigerante ou cerveja, era suco e pinga ou batida de limão. Para comer, uns pastéis de carne moída ou queijo, pães de queijo e sacanagem ( salame banhada no vinagre e recheado com pimenta e queijo).
Se alguém vier a ler esse texto um dia, vai pensar que já estou descendo a serra, mas ainda falta muito !!! Não sou idosa, a industrialização é que revolucionou os costumes dos brasileiros num ritmo muito rápido nas últimas décadas. E aos olhos de quem respira histórias é muito fácil se chegar a um passado próximo.
Eis a minha obra de arte no passo a passo !!!
Massa prática comprada em supermercado e preparada na batedeira para não cansar o braço. Kkkkkkk Dois pacotes para cada bolo em forma média, seguindo as instruções de preparo na embalagem.
Faça dois bolos e reserve. Depois prepare o recheio . Uma lata de leite condensado, uma lata de pêssegos em calda picados em pedaços bem pequenos, meio litro de leite, duas colheres das de sopa de amido de milho ou maisena, uma colher das de chá de baunilha. Leve ao fogo brando mexendo até virar um creme. Deixe esfriar um pouco. Coloque um dos bolos numa bandeja, fure levemente com um garfo e umideça com leite. Espalhe o recheio em toda a surperficie do bolo e coloque o outro bolo por cima. Fure-o com um garfo e umideça com a calda do pêssego. Para cobertura, na badetedeira coloque 400 g de gordura vegetal hidrogenada, duas latas de leite condensado, três colheres das de chá de baunilha e anilina na sua cor preferida. Bata por uns quinze minutos ou até que fique cremoso. Espalhe sobre o bolo. Se quiser pode usar bicos decorativos. Salpique confeites coloridos. Deixe na geladeira se o ambiente estiver quente.
Oi colega!!!
ResponderExcluirPassando para conhecer seu blog...
Aposto que seu sobrinho e afilhado adorou o agrado da "dindinha". Nada mais carinhoso aos olhos daqueles que amamos do que um presente feito com tanto empenho e dedicação!!!
Adoro fazer este agrados e vou confessar uma coisa: faço com a massa comprada também e ninguém nem imagina!!!!
Parabéns para para o seu afilhado.
Um abraço!