segunda-feira, 30 de março de 2020

Meu 14º dia de isolamento social em Belo Horizonte


Hoje reiniciei minhas aulas de dança flamenca e castanholas por via online. Claro que não é lá grandes coisas, mas deu para matar a saudade de dançar e tocar em grupo. Amanhã se Deus quiser retorno com as aulas de dança cigana. Fazer coisas que gostamos nesse momento tão árido é um privilégio.

Percebi que hoje passaram mais carros aqui na rua e o estacionamento do supermercado, que uso como termômetro para avaliar o quanto as pessoas estão saindo por aqui, infelizmente estava cheio. Talvez por ser final de mês, não sei ... Gente de todas as idades e a maioria sem máscara, até porque aqui não se encontra para comprar em lugar nenhum.

Me chamou a atenção notícias de algumas mortes em grupos de whatsapp que participo. É o que a gente já imaginava. Caixão lacrado e atestado de óbito sem constar morte por COVID19, mas por doenças que caracterizam os sintomas. Saindo da regra o caso de um senhor residente em Sabará, cidade da região metropolitana de Belo Horizonte, ele faleceu de infarto e a família afirma que o motivo maior foi a ansiedade vivida por estar em isolamento social. Aff! Morre com coronavírus e também por medo dele ...

Os jornais locais também trouxeram uma notícia ruim ... Os pontos turísticos como a Lagoa Pampulha, Praça da Liberdade e outros espaços abertos ficaram lotados ontem. Efeito da carreata pelo fim do isolamento? Talvez ... O triste é que a maioria das pessoas são igual São Tomé, só acreditam vendo. Nesse caso pegando o vírus mesmo, né!?

Não sei porque o ser humano continua em pleno século XXI acreditando que o pior vai acontecer só com os outros. Daí esse monte de gente que poderia estar em casa, colocando o pescoço à prova. Outra coisa sem sentido é desacreditar na ciência em função de disputas políticas. Como somos pequenos e inconsequentes! 

domingo, 29 de março de 2020

Meu 13º dia de isolamento social em Belo Horizonte



A visão que tive do movimento aqui na rua visto pela janela lateral, me revelou a diminuição do movimento de pedestres hoje. Também o estacionamento do supermercado estava mais vazio. Por ser domingo não era para ser assim, mas imagino que os avisos dados pelo carro de som da prefeitura, que ontem circulou por toda a região, surtiu algum efeito.

Muitos estão querendo o fim do isolamento, mas um número maior ainda é a favor da continuidade. Fora o sensacionalismo da mídia e das redes sociais, temos que admitir que a situação não é das melhores para nenhum país. Se é castigo de Deus, obra malígna ou a terceira guerra mundial, eu não sei dizer... Apenas entendo que com tantas mortes e desespero do poder público, temos que fazer a nossa parte e ficarmos em casa.

Os prejuízos econômicos, para além daquilo que é essencial à sobrevivência humana, deveriam ser contabilizados e lamentados no final da pandemia. Quem é capaz de afirmar que está livre de ser uma vítima? Quem levará seus bens materiais em caso de morte? Haja visto o ocorrido em países com mortes em massa, onde nem ritual fúnubre com a família pode ser feito.

Nessa linha de pensamento, convido a todos para repensarem suas atitudes em vida. Se precisar desapegar, aproveite o tempo e faça uma faxina nos armários deixando o que realmente é necessário para você. Percebem como nesse isolamento a gente consegue sobreviver com poucas coisas? 

Façam também uma faxina no coração, na alma ... Jogue fora as mágoas, os ressentimentos e flexibilize o seu ego. Sabe aquela briga de egos que gerou aquele desentendimento ...? Dê o primeiro passo, mesmo que se considere o dono da situação. Lave a sua alma com energias positivas e emane amor. Afinal, amor a gente leva na alma e deixa semeado entre os que ficam ...

E vocês, o que pensam sobre isso?

sábado, 28 de março de 2020

Meu 12º dia isolamento social em Belo Horizonte


Eis que completo hoje o 12º dia de isolamento social ou quarentena voluntária. Quarentena é uma palavra que nos remete a 40, um número exato. Isolamento significa distância e não nos acusa um tempo determinado. Por isso, preferido usar o termo isolamento social para esse tempo de incertezas.

Há alguns dias pensei em escrever as minhas memórias do cotidiano desse momento conturbado pelo qual o mundo está passando. O espaço de convivência real é pequeno, um apartamento num bairro não distante do centro de Belo Horizonte, numa avenida movimentada a qual receberia nos séculos passados o nome de rua do comércio, porque de tudo um pouco se tem por aqui.

Da janela lateral vejo o movimento no quarteirão, no estacionamento de um supermercado, na farmácia, no festfood e na padaria. Muitas pessoas fora de casa. Alguns fazendo caminhada, outros indo às compras ou na direção do quarteirão dos bancos, e assim vai ...

Me preocupo por estar vendo muitos idosos entrando e saindo do supermercado. Alguns sozinhos, outros em família ... Nas várias vezes, em horários variados, que cheguei para ver a vista da janela, os vejo nessa situação de vulnerabilidade. 

Hoje tive que atravessar a avenida e ir até a farmácia. Havia seis dias que eu não saia de casa. A sensação é de impotência. Não deveria, mas é o que senti. Entrei e logo me deparei com a fila escalonada numa distância de dois metros. Fora a distância de um metro entre o cliente  e o funcionário do balcão ou do caixa. Para completar o "terror" necessário, estava tudo isolado com faixa amarela.

Me chamou atenção a farmacêutica estar usando máscara igual aos outros funcionários, porém sobreposta por uma de acrílico. Pensei, procedimentos necessários ... Até eu passar no caixa e ver que apesar de todo o aparato, a máquina do cartão estava envolta em plástico e todos tocavam e não havia álcool gel para higienizar as mãos depois. Necessário? Sei lá ... Nessa hora o cérebro viaja!

Aproveitei que já estava exposta e entrei no supermercado onde encontrei uma conhecida. Ela disse que no prédio dela há caso suspeito de COVID19. Preocupante ... Mas o pulo que o repositor de mercadorias deu para trás quando ouviu a fala dela, foi por demais engraçado.

E vocês, como estão percebendo o isolamento social?

#ficaemcasa #todoscontraocoronavirus

segunda-feira, 23 de março de 2020

Ficar em casa é a melhor prevenção ...

Confiamos que tudo vai se resolver logo, mas só Deus pode nos dar uma resposta. Vamos pedir peoteção divina nessa hora de grande insegurança e ansiedade.                 

Praça da Assembléia em Belo Horizonte. Antes da quarentena voluntária ...
       
#ficaemcasa