terça-feira, 30 de novembro de 2010

Biscoito de Polvilho da Roça

Imagem de http://www.almanaqueculinario.com.br/
Aqui em Minas e, acredito que em outros lugares, é comum visitarmos conhecidos no interior e sermos agraciados com uma bela mesa de café recheada de bolos, queijos e principalmente o biscoito de polvilho. Huuuumm! Que delícia !!!
Sabe aqueles biscoitões de polvilho, crocantes por fora e macios por dentro e, em geral, fritos? Pois esse é assado, mais leve, sem perder o sabor e numa receita que não gasta quase nada.

Ingredientes:
600 g de polvilho doce
250 ml de água
100 ml de óleo ou manteiga
1 colher de sobremesa de sal
3 ovos inteiros

Os segredos:

Ferva a água e óleo ou manteiga juntos e escalde o polvilho, acrescentando o sal e misturando com uma colher de pau. Quando amornar, junte os ovos e amasse com as mãos. Com as mãos untadas enrole os biscoitos em forma de palitos. Asse em forno bem quente. Os biscoitos ficam enormes e você não precisa untar a assadeira. Se quiser acrescente erva-doce à massa.

domingo, 28 de novembro de 2010

Telhados e ladeiras em Ouro Preto



Vista parcial com destaque para a igreja de São José. 


Ladeira da rua Claudio Manoel

Área central com a igreja de N. S. do Carmo e o Museu da Inconfidência ao fundo.



Quem Chega a Ouro Preto pela Rodovia dos Inconfidentes depara-se com o largo da rodoviária que tem ao fundo  o mirante da igreja de São Francisco das Chagas e vai logo observar o panorama do centro histórico. De toda beleza, o que mais me encanta nesse lugar são os telhados dos centenários casarões. Alguns com telhas feitas nas coxas dos  escravos há mais de 200 anos. Sim, eu disse nas coxas dos escravos! É que na época colonial a produção era artesanal e sem muita preocupação com a simetria. Tanto que de perto dá para notar a diferença de tamanho entre elas. Gente! Numa manhã de sol após uma noite chuvosa esses telhados tem uma beleza indescritível!
Ao andar pela cidade as ladeiras são inevitáveis. Como diz o velho ditado: " Se sobe desce, se desce sobe". Lá é mesmo assim. Mas a cada ladeira  novas surpresas se revelam ... E eu? Continuo sendo uma pessoa suspeita para falar dessa cidade museu !!!

sábado, 27 de novembro de 2010

Que selinho lindo!


Recebi esse lindo selinho da Tina do blog MEU CANTINHO NA ROÇA(   http://meucantinhonaroa.blogspot.com/ ) . Adorei!!!
Respeitando as regras vou repassar para outras(os) blogueiras(os), são eles: todos os que estiverem na minha lista de blogs dos seguidores e que ainda não tenham um desse no seu blog.
Os premiados devem  exibir a imagem do selo no blog, exibir o link do blog que você recebeu a indicação, escolher outros blogs para dar a indicação e avisá-los.
OBRIGADA PELO CARINHO, TINA!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

SEGUIDORES !

Coloquei pelo menos um blog de cada um de vocês na lista de "blogs dos meus seguidores". Os que não aparecerem na lista é porque eu não consegui identificar o link do blog no perfil do seguidor ou o sistema não encontrou o feed. Vou continuar tentando. Reclamem e mande o seu link correto, por favor. Obrigada por me seguirem !!! Se quiserem podem me linkar também nos seus blogs. Observem bem a lista e visitem os blogs que vocês ainda não conhecem. São todos muito interessantes!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Sabores de Minas



No século XIX a cozinha mineira foi bastante elogiada por Richard Burton, um inglês que visitou grande parte do sertão do Brasil e em seus livros " Viagem o Rio de Janeiro a Morro Velho e Viagem de Canoa de Sabará ao Oceano Atlântico" descreveu muito bem a culinária mineira daquela época, nos dando hoje uma sólida noção das origens do cardápio tradicional das famílias mineiras.
Dentre muitos pratos que podem ser degustados na casa de um mineiro de raiz, em dias mais frios e chuvosos, vou destacar aqui o Bambá de Couve. De preparo rápido e fácil, era muito apreciado nas vilas coloniais. Seus ingredientes básicos - naquele momento em que o tempo e o interesse pela agricultura de subsistência era mínimo - podiam ser encontrados facilmente. A couve e o milho do qual se faz o fubá dispensavam maiores cuidados no cultivo e se adaptavam muito bem ao solo. A carne a ser usada geralmente era de porco, animal que se criava sem grandes exigências. Tudo muito prático, porque o tempo ... Ah! O tempo... era destinado ao trabalho intenso na cata dos famosos metais preciosos.   

Receita  de Bambá de Couve

sites.uai.com.br/.../vicosa

100 g de lombo cortado em cubos
alho
óleo
sal
2 colheres de fubá
2 copos de água
couve rasgada a gosto

Refogar o lombo com o alho, o sal e o óleo. Junte o fubá e mexa até dourar. Acrescente a água e continue até engrossar. Deixe cozinhar por 5 minutos. Acrescente a couve e deixe ferver por mais 2 minutos. Retire do fogo e sirva. Se preferir acrescente cheiro verde. 

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O que é um muxurabiê?


by http://www.feriasbrasil.com.br/

Hoje falo sobre um pedacinho de Minas que para alguns será visto como uma curiosidade e para outros uma descoberta. Falo do muxurabiê ou muxurabi, que é um balcão mourisco trazido pelos portugueses no período colonial e que protege toda a altura da janela por treliça de madeira através da qual se pode ver sem ser visto.  
Era muito usado pelas mulheres afim de facilitá-las a observação do movimento da rua sem serem vistas. Vale lembrar que naquele tempo a mulher branca, principalmente as portuguesas e suas descendentes eram privadas do convívio social até mesmo com alguns parentes.
Esse nosso lindo muxurabiê fica na cidade de Diamantina e é um dos poucos que resistiram ao tempo. O prédio que outrora fora residência, hoje funciona como sede da biblioteca pública da cidade.  

sábado, 20 de novembro de 2010

Os negros em Minas Gerais

Foto copiada da Revista História.

Com a descoberta do ouro no final do século XVII, os portugueses ansiosos por extrair o metal, trouxeram milhares de africanos para a região então chamada Minas do Ouro. Durante dezenas de anos aqui chegavam pelas mãos dos ricos mineradores, milhares de homens, mulheres e crianças vindos dos mais variados lugares da África.
Por meio de trabalho forçado eles produziram toda a riqueza jamais conquistada por Portugal até aquele momento. Muito sangue, dor, lágrimas e vidas inocentes foi o preço da extração da riqueza mineral.
Os que resistiram à escravidão deram muito trabalho às autoridades portuguesas e aos seus senhores, mas a maioria por questões óbvias não conseguiram se afastar do cativeiro e ao longo de suas vidas foram construindo riquezas e moldando o espaço geográfico que hoje habitamos.
É difícil andar pelas cidades mineiras e não se deparar com a presença dos descendentes desses nossos heróis anônimos. Sua cultura está presente em nossa música, na religiosidade, na arte , na culinária, na língua e numa infinidade de coisas que torna-se difícil citá-las aqui.
Quem caminha pelas cidades surgidas com o ciclo do ouro, observando bem, poderá ter uma idéia da força de trabalho desse povo guerreiro subindo e descendo ladeiras com o ouro e toda sorte de mercadorias de seus senhores. Dos braços de onde saiu toda a força para erguer gigantescas igrejas e casarões para os brancos portugueses e ou sua prole mestiça. Sim, mestiços. Pois foi grande o número de filhos que os brancos portugueses tiveram com suas escravas e a cor da pele quando vinha mais clara trazia também algumas regalias.
Veio a abolição. O Que mudou? Quais as permanências? É fato que para se dizer se uma pessoa é negra no Brasil, os olhares populares se apoiam em dois traços marcantes: o cabelo crespo e a pele escura.
Na realidade, o descendente de negro que tem a pele escura e o cabelo dito"bom" passa como moreno, como descendente de índio, mas quase nunca é visto como um negro. Da mesma forma o que tem cabelos crespos e pele clara passa como moreno ou até branco. Daí, podemos concluir que muitos negros não sabem que são negros ou não se acham negros.
Com a divulgação das campanhas de combate à discriminação e ao racismo, nas últimas décadas os jovens tem assumido com mais frequência e sem tantos preconceitos sua identidade cultural e racial, mas ainda temos muito a mudar. Basta lembrar que a maior parte da população pobre no Brasil é negra. E é esta parcela que vive excluída dos melhores salários, do acesso a uma boa educação, saúde, moradia e assim vamos caminhando ...
Mais do que comemorar, nesse dia nacional da consciência negra, precisamos refletir sobre o que podemos fazer para mudar esse retrato.  Minas Gerais hoje, possui mais de 50% da sua população constituída por negros.    


Escravas da Mina de Morro Velho, final do século XIX.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Da janela, vejo a noite chegando ...

 Uma coisa boa do horário brasileiro de verão é podermos chegar em casa antes do sol dar boa noite. Hoje, estive com o tempo mais livre e pude observar aqui da janela do apê, como é linda a entrada solene da noite nesses dias quentes e sem chuva! Especialmente, quando a lua está na sua fase de "lua cheia"!!!
É o que eu digo sempre: mesmo morando em um grande centro urbano pode-se desfrutar das maravilhosas obras da natureza que Deus nos concedeu. 

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

E a surpresa é : O PRESÉPIO PIPIRIPAU

Pela sua grandiosidade artística e cultural, achei que esse merecia um post especial, mas ele também faz parte do acervo do espaço Museu de história Natural e Jardim Botânico da UFMG. Nessa época do ano é bastante visitado. Normalmente só pode ser visto em funcionamento nos finais de semana, para evitar o desgaste das peças que fazem suas 580 figuras, distribuidas em 45 cenas, funcionarem.  
É difícil captar pela lente de uma  máquina digital das mais simples, toda a beleza e o encantamento dessa obra prima que nos foi dada de presente pelas abençoadas mãos e a criatividade do artista Raimundo Machado de Azeredo. Só visitando e observando a movimentação dessa obra magnífica é que se pode começar a compreender o mistério que envolve o homem humilde, a criação e a vontade de realizar um sonho.




Presépio Pipiripau.
  

Engrenagem que movimenta o presépio.


Cenário mais alto e ao fundo.


Informações dos curadores.
  

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Lazer e Conhecimento


Há alguns dias mostrei para vocês os pés de sapucaias que ficam no largo de entrada do Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG. Hoje mostro um pouco do que há no interior dessa área verde, a terceira maior da cidade de Belo Horizonte.
No início do século XX a região pertencia à fazenda Boa Vista, propriedade da família Guimarães. Com o crescimento da cidade, inaugurada em 1897, o governo do estado comprou a área que posteriormente foi transformada num horto florestal, para o cultivo de espécies variadas da flora brasileira e internacional. Daí, a variedade de plantas muitas vezes desconhecidas pela população, como é o caso da cortiça ( muito abundante em Portugal), uma árvore que só vim a conhecer depois de visitar e caminhar várias vezes pelas trilhas na mata. Além das espécies vegetais podemos observar por lá muitos pássaros, jabutis, macacos, cutias e outros animais de pequeno porte. O espaço abriga ainda viveiros de plantas, museu arqueológico, museu de minerologia, laboratórios,arquivos e uma surpresa que não posso dizer porque merece um post especial.     


Esse é gigante e lindo!

Tronco da camurça.


Macaco- prego, em cima do telhado da cantina à espera da sobra do lanche dos visitantes.



segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A república que temos é a república que queremos?



Observando a imagem do maravilhoso prédio do Museu Imperial de Petropólis, outrora residência de verão da família imperial brasileira, fico imaginando o que estaria acontecendo por detrás daquelas paredes naquele 15 de novembro de 1889. Lá estavam Dom Pedro II com sua saúde debilitada pelo diabetes. A princesa Isabel, única sobrevivente dos quatro filhos do imperador e herdeira do trono.
Saberiam das movimentações que ocorriam no Rio de Janeiro?     
Nesse feriado cívico quando se comemora a proclamação da república no Brasil, faz-se necessário uma reflexão em busca da resposta para a pergunta que no momento uso como título da postagem. Na minha humilde opinião, estamos ainda caminhando em busca de um governo realmente representativo de nossas aspirações enquanto povo excluído dos louros da independência e da participação política imaginada com implantação do modelo republicano. E você, já se permitiu fazer esse debate?
  

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Véu das Noivas

Mais uma das centenas que existem aqui em MG e em outros lugares. Essa fica em Poços de Caldas, é formada pelas águas do Ribeirão das Antas, possui três quedas d`agua, sendo que a maior mede 10 metros de altura por 15 de largura. É linda!!!
Revendo um arquivo de fotos encontrei-a e achei que vale a pena postar a imagem aqui. Foi tirada em julho de 2009 quando por lá estive passando uns dias de férias com meu filho. Para quem não conhece, Poços de Caldas é uma cidade balneário que fica bem na divisa de MG com SP , faz parte do circuito das águas e é muito procurada pelo poder terapêutico de suas águas minerais.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Macaco velho não enfia a mão na cumbuca ...

O atual Museu de História Natural e Jardim Botãnico da  UFMG  aqui em BH, abriga uma série de belezas naturais que encantam e surpreendem seus visitantes. Do largo que abriga o portão de entrada ao interior do espaço e suas dependências, há muito o que se descobrir e admirar... Como as antigas sapucáis, nessa estação repletas de flores, frutos e folhas cor de rosas e violetas.

O fruto da sapucáia é denominado de cumbuca e abriga em seu interior deliciosas castanhas.

Quando as castanhas ficam maduras a cumbuca cai e se abre soltando-as. Verdes elas ficam presas no fundo da  cumbuca por uma substancia que se tocada gruda as mãos.
 
Pés de sapucáia
 

Largo na entrada do Jardim Botãnico

Galhos que formam a copa da sapucáia com alguns frutos.



terça-feira, 2 de novembro de 2010

Um pé de lobeira



A fruta do lobo ainda verde.

Flor e frutos da lobeira.



O pé de lobeira.
 
A lobeira, fruta do lobo ou maça do cerrado é uma planta em vias de extinção devido a crença no meio rural de que trata-se de uma espécie venenosa e por ser muito atrativa para o gado quando seus frutos estão maduros, os fazendeiros preferem arrancar os pés, tornando-a muito rara nos dias de hoje.
O nome lobeira deriva do fato do lobo guará alimentar-se de seus frutos que contém substancias necessárias ao funcionamento de seu organismo. 
Esse raro exemplar em plena área urbana, fica num terreno baldio no caminho que faço para chegar ao local onde trabalho. Venho acompanhando o crescimento da árvore e sua frutificação há alguns anos. São  pequenos detalhes nas entrelinhas dessa imensidão urbana!

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Visitando o Mangabeiras - Parte III

A flora e a fauna nos reserva algumas surpresas ...


Jacupeba






Quati