segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Era uma vez um bonde, que circulava por BH ...

Olá pessoal! Vai aí uma pergunta fácil de ser respondida: Quem já andou de bonde? Eu, não consegui nascer a tempo deles serem retirados de circulação aqui na minha cidade natal, mas escuto muitas histórias daqueles que neles não se cansaram de andar.
Estive recentemente no Museu Histórico Abílio Barreto, aqui em BH, levando meu garoto para conhecer um bonde. Esse da foto. Ele está descançando desde o dia 30/06/1963 quando transitou pela cidade pela última vez. A partir desse dia, BH ficou somente com os trolebus e aumentou continuamente sua frota  de ônibus coletivo ou lotação.
Vejam como é lindinho esse bonde! Fazia a linha do bairro Padre Eustáquio. Os outros que haviam em circulação naquele dia 30 de junho de 1963 foram distribuidos pelos museus de outras cidades... 

Vejam as propagandas e o colorido da fachada.

Detalhes da lateral e do cartaz com uma linda mulher para a época.

Nos bancos cabiam 32 pessoas. Os demais seguiam em pé e apoiados nas laterais. 

Detalhes dos bancos e das propagandas de produtos da época.

O espaço do motorneiro.
 Não é bacana, gente? Meu filho adorou os cartazes da época com propagandas de produtos que ele nunca ouviu falar e uma grafia muito distante de tudo que ele lê hoje. ficou tão impolgado que até abaixou para ver as engrenagens debaixo do bonde.
Belo Horizonte foi a quinta cidade brasileira a ter os bondes elétricos de fabricação norte-americana, instalados pela General Electric (GE) em 1902. Os bondes circularam pela cidade até 1963. Em 2005, uma onda nostálgica fez nascer um projeto da prefeitura que previa a reativação de uma linha de bondes para passeios turísticos na área central. infelizmente o projeto não vingou.
Os primeiros bondes eram feitos de ferro, madeira e lona. Circulavam sobre trilhos, movidos a energia elétrica. O motorneiro era o encarregado da direção do veículo e responsável pela segurança do trajeto (freios, controle nos trilhos etc.). Já o condutor, um tipo de cobrador, recebia o dinheiro das passagens, passando de banco em banco, pelos estribos.
Os estribos ou degraus de madeira ficavam dos dois lados, sendo usados para o passageiro entrar no bonde. Como o veículo não fazia manobras, tinha duas frentes: ao chegar no fim do trajeto, o motorneiro usava uma alavanca que mudava a direção. Os encostos do banco também mudavam de posição de acordo com o sentido do bonde.
Os bondes não podiam andar lotados e os passageiros eram proibidos de subir e descer com o veículo em movimento

14 comentários:

  1. Olá
    vi seu comentário em meu blog e vim aqui te conhecer!
    estou lhe seguindo
    bjossss

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  2. Olá Anabela
    Quando os bondes foram aposentados em 1963, eu estava com 8 anos. Não me lembro de ter andado neles. Até porque sempre morei em cidade do interior, Pedro Leopoldo, naquela época ir a BH era uma viagem e tanto. Preciso perguntar a minha mãe.
    O bonde da foto é muito bonito. Ótimo post.
    Bjo

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  3. Pois eu andei muito de bonde, lá no Rio de Janeiro !
    Eles eram verdes, e só se podia entrar por um lado, ficando o outro fechado. Viviam entupidos de passageiros que se penduravam nos estribos, numa acrobacia impressionante !
    Lastimei muito a retirada desse meio de transporte seguro, tranquilo.
    Qualque dia vou fazer uma postagem sobre eles, pois existem muitas fotos à disposição e é uma forma de mostrar para os mais jovens esse transporte tão encantador.

    Parabéns pela postagem e obrigada pelas informações.
    Beijo

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  4. Agradecendo e retribuindo o carinho da visita ... coisa boa descobrir uma blogueira de BH ... gente pq os belohorizontinos não são adeptos da Blogosgera eim? rs

    Mas enfim ... sou do tempo dos bondes ... andei muito nos estribos e como todo moleque adorava saltar do bonde em movimento ... rs

    Nasci e passei minha infância em Santa Tereza, bairro servido por duas linhas de bondes ... o Sta. Tereza e o Horto ... saudades...

    bjão

    ;-)

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  5. Eu cheguei a andar em Atenas, mas faz muitos anos e não me lembro direito de como era. Esse é uma graça, que bom que ainda o estão preservando tão bem.
    Bj
    Adri

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  6. Apesar de não ser novinha, não andei de bonde, mas devia ser muito legal! Mas hoje, com o movimento que está as grandes cidades, será que não seria perigoso as pessoas andando em pé nas laterais dos bondes? Algum caminhao passando poderia varrer as laterais, não?
    Mas seria muito interessante se retornassem alguns, para passeios turísticos...ah! eu queria andar!
    bjs
    |Tina (MEU CANTINHO NA ROÇA)

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  7. Nossa Anabela!!! Estes bondes eu usava todos os dias para ir para a faculdade aqui na cidade do Porto; ainda circulam alguns e é pena que sejam poucos agora. Com o preço dos combustíveis e com a dificuldade que há em circular em cidades grandes, quem sabe não voltarão os bondes com toda a força? Saudades!!! Beijinhos
    Emília

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  8. Olá Anabela

    Ainda sou do tempo deles, pois quando vim de Angola para Coimbra ainda estavam no "activo".

    Em algumas cidades ainda se vêem alguns , aproveitados para passeios turísticos.

    Beijos.

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  9. Olá Anabela!

    Vim retribuir a visita e gostei do que vi...
    Parabéns!!!
    Beijinhos de carinho e amizade,
    Lourenço

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  10. Gente, valorizar a história e entender que estamos aqui pq viemos dessa, é bom demais né?

    Acho que vou em BH conhecer o bonde hehe

    Beijoooooooooooooos

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  11. Bacana demais Anabela, também não nasci a tempo de aproveitar essa maravilha. Isso mesmo, uma maravilha, diferente desses ônibus lotados e sem conforto que tem aqui na minha cidade.
    Xeros

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  12. Olá, querida
    Vc acredita que gostaria que voltassem os bondes mesmo com a modernidade do metrô... é que gosto mais da calmaria...
    Muito bem feito seu post, obrigada pela partilha.
    Bjs de paz e excelente fim de semana.

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  13. Ainda há "bondes" em circulação em Portugal, onde lhes chamamos eléctricos, e são um bom cartaz turístico em cidade como Lisboa, Porto e em Sintra.
    Cumps

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  14. Acho que os bondes deviam voltar. Será que eles ajudariam a melhorar o trânsito?

    Bjs

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