quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Assim começa a diferença



aluisiodutra.zip.net/images/diamundialdaagua02.JPG

Fazer a diferença tornou-se uma necessidade do homem contemporâneo. Fazer a diferença onde? Como? Por quê? Para quê?
Em tempos visíveis de esgotamento dos recursos renováveis, faz-se necessário refletir sobre algumas atitudes muitas vezes simplórias que podem contribuir muito para a salvação e ou preservação de nossos recursos naturais.
Lembro-me de ser ainda criança, quando ouvi e não me esqueci das sábias palavras ditas várias vezes pelo “ Sô Totonho” como era conhecido o senhor Antonio Marques, nosso vizinho há vários anos e já falecido há tantos outros.
Certa vez ele disse: ”a gente conhece a educação de uma pessoa até pela forma que ela abre a torneira para lavar as mãos”. Ele gostava de ensinar bons modos para a garotada. Há mais de vinte anos já era um militante em prol da preservação da água.
Na verdade, o que “Sô Totonho” queria, era que os meninos aprendessem a economizar a água na hora de lavar as mãos. E assim ele ensinava a tomar o banho sem ficar o tempo todo com o chuveiro ligado, a lavar a louça sem ficar com a torneira aberta e tantas outras coisas que levavam as pessoas a chamá-lo de pão-duro e até a evitar visitas à sua casa.
Diziam até que a sua esposa lavava o banheiro na hora em que tomava o banho e deixava para fazer isso lá pelas tantas horas da noite quando ele já estava dormindo, para gastar água sem ele reclamar.
Tantas falas, tantos cuidados... Mas o“Sô Totonho”, coitado! Hoje entendo que ele só queria economizar a água e a energia elétrica para o futuro...

Postagem coletiva sobre desenvolvimento sustentável, proposta por Flora Maria do blog http://floradaserra.blogspot.com/

2 comentários:

  1. Nós, seres humanos, somos mesmo assim: criticamos, e debochamos daqueles que fazem economia, chamando-o de avarento, miserável, "fominha" !
    Muitas vezes ouvi isso sobre pessoas que fazem, e muito bem, sua parte na economia da sociedade.

    Não importa. Sempre existirão os que ouvirão e respeitarão essas pessoas pioneiras de uma época de crise.

    Parabéns pela postagem ! É muito bom ter você ajudando a tecer nossa Teia Ambiental.

    Beijo

    ResponderExcluir
  2. Ah, Anabela como a natureza precisa desses "Sô Totonho", que eram tão raros na época dele, como o são nos tempos atuais!

    Nós dev0emos considerar a acusação de pão-duros como um elogio à nossa responsabilidade de evitar todas as formas de desperdício.
    Assim como o "Sô Totonho", eu e Flora seguimos os nossos rituais de economia, e só gastamos o essencialmente indispensável.
    Reduzimos, reaproveitamos e reciclamos tudo que é possível, e ainda assim vivemos uma vida de fartura, graças às dádivas da natureza com quem compartilhamos o nosso espaço.

    A Teia Ambiental é isso, ela não começou agora, mas desde uma época em que pessoas como o "Sô Totonho" já tentavam educar a família e os amigos em suas relações com a natureza.

    Um abraço ecológico.
    Gilberto.

    ResponderExcluir

Seu comentário é muito importante para mim. Seja benvindo e volte sempre!