quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Feliz 2011 para todos!

Lagoa da Pampulha BH


Hoje quero agradecer a Deus por ter me proporcionado nesses seis meses de existência do meu blog, conhecer pessoas tão especiais que hoje são meus seguidores e leitores assíduos ou não. Cada um do seu jeito tem contribuído para o meu crescimento intelectual e pessoal, com suas opiniões, sugestões e um enorme incentivo. Gosto muito de todos e procuro na medida do possível desfrutar da leitura de suas postagens, nos seus devidos blogs, cantinhos, cafofos, recantos ...
Obrigada pela companhia em 2010. Que em 2011 possamos estar sempre juntos na blogosfera!  

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Romeu e Julieta: amor bem mineiro !

Afinal, quem é o Romeu e quem é a Julieta?

O queijo Minas bem fresco e branquinho e uma boa fatia de goiabada cascão, formam esse romantico casal mineiro que sempre traz a alegria para nossas mesas. 

No distrito de São Bartolomeu,  município de Ouro Preto, na região central de Minas, às margens do Rio das Velhas, desde o período colonial é costume da população  fazer doce de goiabas no tacho de cobre sobre o fogão a lenha. A goiabada cascão do lugar tornou-se muito conhecida e apreciada, recebendo até o  título de  patrimônio imaterial do município.

Fazer a goiabada não é nada fácil. É tarefa demorada, com grande perigo de se  queimar a pele e faz doer os braças de tanto que tem de mexer o doce no tacho. Não é para qualquer um,não!
Colher a goiaba, limpar, separar, lavar, picar, triturar e enfim colocar no tacho junto com açúcar e mexer muuuuuiiiito!
Quer se aventurar? Taí uma bela receita.

Receita de goiabada cascão

Ingredientes


       20 kg de goiabas vermelhas


       15 kg de açúcar cristal.

Preparo:

  1. Colha as goiabas vermelhas maduras.
  2. O tacho de puro cobre, preto de fuligem por fora e vermelho por dentro, deve ser areado com caldo de limão galego ou limão china (limão capeta) maduro, colocando um pouco de sal e passando-se a bucha por dentro dele, deverá ser enxaguado e seco ao sol, ou levado imediatamente ao fogo.
  3. Corte as goiabas ao meio.
  4. Dica: As sementes e a polpa, passadas na peneira de bambu, darão geléia.
  5. Corte a carne das goiabas, com casca e tudo, em lascas, daí o nome “CASCÃO”.
  6. O tacho, na fornalha e bem quente, recebe os 20 quilos de pedaços de goiaba, em minutos derretendo, soltando a água e o cheiro.
  7. Acrescente os 15 quilos de açúcar e nunca coloque água.
  8. E agora é o eterno remexer da grande colher de pau, lentamente, bem leve, só para não grudar.
  9. Estará no Ponto de colher: quando aparecer o fundo do tacho.
  10. Estará no Ponto de cortar: quando começar a fritar.
  11. Tire do fogo e bata a goiabada para ela brilhar.
  12. Despeje ainda quente nas caixetas forradas com papel celofane.
  13. Só mexer nelas no dia seguinte, para então dobrar o celofane.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Tempo de visitar presépios: as pastorinhas

Grupo de pastorinhas em Ouro Preto, foto http://opretominhaterra.blogspot.com/
Visitar presépios ainda faz parte da tradição que herdamos dos antepassados portugueses. Tradicionalmente a visita  quase sempre segue acompanhada dos autos de Natal. Aqui em Minas temos duas manifestações marcantes nesse período, sendo mais constantes interior. São o canto da pastorinhas e o reisado, conhecido também como folia de reis ou terno de reis.
As pastorinhas são grupos de meninas e ou adolescentes que se vestem de camponesas com roupas bem coloridas, algumas se vestem de anjo e carregam a bandeira do grupo. São lideradas por uma mestra e saem pelas ruas cantando a caminho das casas que abrem seus presépios para a visitação. Diante do presépio elas cantam, rezam e dançam. Após a apresentação quase sempre recebem como prenda as famosas amêndoas carameladas. E assim vão visitando todos os presépios possíveis entre os dias 25/12 e 06/01.


Pastorinhas em Senhora da Glória, http://www.cbhvelhas.org/
Pastorinhas do Mucambo, Baldim, http://baldimumdocedecidade.blogspot.com/

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Luzes e cores na decoração de Natal da Praça da Liberdade

Hoje fui conferir a decoração de Natal da Praça da Liberdade aqui em Belo Horizonte. É a praça cartão postal da cidade. Construída para abrigar os prédios do centro administrativo do Estado, no final do século XIX, já passou por várias modificações, mas nada lhe tira o título de lugar do povo. Caminhadas, turismo, espaço de lazer, manifestações cívicas e políticas, de tudo um pouco acontece na praça. E não podia ser diferente no Natal, quando ela ganha uma decoração que encanta os mineiros e que transforma o espaço num mundo cheio de magia. Ao anoitecer, por entre os jardins, milhares de mini lâmpadas são acesas  para esse belo espetáculo aqui registrado nas fotos abaixo .

Alameda das Palmeiras.



Achei essas luzes vermelhas um charme!


Esse é o sinal de transito mais antigo da cidade.






Lago da dança das águas.

A gigantesca árvore de Natal

domingo, 19 de dezembro de 2010

Uma visita inesperada

Há muito desisti de cultivar orquídeas. É bastante trabalhoso para o dia a dia corrido que enfrento. Por serem sensíveis elas exigem bastante cuidados e acima de tudo um espaço adequado para o cultivo, o que infelizmente não tenho aqui no apê. Dos vasos que eu tive, fiquei apenas com esse da foto, que há três anos não me alegrava com suas belas e perfumadas flores. Estas chegaram fora de época e inesperadamente. O vaso estava numa janela, quase que abandonado. De repente, ao limpá-la, percebi os botões prontos para abrirem, então eu trouxe a planta de volta para dentro da área de serviço, evitando que a chuva  maltrate suas flores. Orquídeas não suportam muita água.  

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Detalhes que nem sempre ficam na memória


http://nsconceicao-sabara.blogspot.com/

Ofício da Igreja Grande

Nossa Senhora da Conceição
Da Vila Real do Sabará,
Tem o seu trono na Igreja Grande,
Que, à beira-rio vai carregando
em seus ombros de taipa os séculos do ouro.
Suas naves abrem-se em arcadas,
Nichos escuros guardam seus Santos.
No chão de tábuas dormem os mortos,
Nas torres ficam os sinos roucos.
Nossa Senhora da Conceição
Da Vila Real do Sabará!
Mora a saudade na Igreja Grande
Toda escorrida de negrumes,
Mas à Senhora em seu altar
Eu vou pedir: - Rogai por nós ...
Os mortos não voltam mais e os vivos ocupados
Estão fundindo o ferro das montanhas,
E enferrujando as almas.
Outros venderam as suas alfaias,
Quase furtaram o Anjo Custódio;
Dizendo que era do Paraguai ...
Ficou sozinha Nossa Senhora,
Ficou sozinha no seu altar ...
Os sinos roucos estão calados,
Com mêdo de alguém que os vá tirar ...
Agora os vivos não vêm rezar,
Procuram imagens para furtar ...
Nossa Senhora da Conceição
Da Vila Real do Sabará,
Existe ainda quem te estremeça
De vivo amor do coração,
Na vila Real do Sabará.

( Augusto de Lima Júnior, 1966 )

Hoje, folheando o livro Noções de Cultura Mineira, de Wagner Ribeiro, publicado em 1966 pela editora FTD, que ganhei de mãos que confiam nos meus cuidados de preservação, deparei-me com o belo poema acima na página 231 e achei adequado transcrevê-lo aqui no blog.
Trata-se de uma reflexão sobre as notórias mudanças de comportamento já observadas naquela época para a relação homem-religião. O autor exalta o que representou o templo católico nos anos da riqueza aurífera e descreve os valores modificados, a ganância e depredação do patrimônio religioso.
Felizmente, após várias campanhas e investimentos em segurança a partir dos anos 90, a depredação material e o roubo vem diminuindo nas igrejas históricas mineiras.  
A imagem  de Nossa Senhora da Conceição é do século XVIII, tendo sido a igreja construída entre 1701 a 1710.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Santa Luzia, padroeira de Santa Luzia



Hoje, em vários países católicos comemora-se o dia de Santa Luzia. Uma cristã da região atualmente conhecida como Itália, que viveu no século IV, tendo sido perseguida até a morte por assumir publicamente a sua fé.
Especialmente aqui em MG, temos uma cidade cujo o nome do lugar é o mesmo da santa padroeira: Santa Luzia! Distante 27 km de Belo Horizonte, tem suas origens ligadas à expansão bandeirante no século XVIII e à exploração do ouro nas margens do rio das Velhas, que banha a cidade e seus arredores.



Conta a tradição oral, que um pescador cego, ainda no século XVIII, encontrou na areia às margens do rio uma imagem de Santa Luzia e que ao segurá-la passou a enxergar. A história se espalhou e chegou a Portugal, onde um militar de nome Pacheco Ribeiro, que havia ficado cego, fez uma promessa para a santa tendo voltado a enxergar.
Cumprindo a promessa, ele veio morar no arraial de Santa Luzia com sua família e ali mandou construir uma igreja matriz para abrigar a imagem da santa. Um templo barroco, com obras de grandes artistas da época, inclusive de Ataíde, o melhor dos pintores.




 Pena que parte dessa suntuosidade no lado externo tenha se perdido com o tempo, mas o seu interior ainda é barroco.




A partir daí, o lugar tornou-se um centro de peregrinações, uma cidade santuário que atraiu gente de grande poder e prestígio no passado. Todos os anos é realizada a trezena e uma grande festa que em pleno século XXI ainda movimenta a cidade. 

Fontes de consulta:  http://www.arquediocesedebh.org.br/, http://www.wikipedia.org.br/ (inclusive fotos), tradição oral.
 
 

 

sábado, 11 de dezembro de 2010

BH completa 113 anos!!!

E tudo começou assim ...


Rancho da Papuda, figura exótica e temida no antigo arraial do Curral Del Rey.

Em 1893, no espaço geográfico atualmente ocupado pelo município, haviam matas e um minúsculo arraial conhecido como Curral Del Rey, composto por algumas dezenas de casebres de pau-a-pique ou cobertos com zinco, uns poucos casarões ditos descentes, uma igreja matriz e duas capelas improvisadas. Um local de pouso para viajantes, oferecendo  poucos recursos.


Largo da matriz de N. S. da Boa Viagem.

Em 1893, o local foi construção da nova Capital de Minas Gerais, até então, Ouro Preto.
No dia 12 de dezembro de 1897, é inaugurada a cidade de Belo Horizonte, a nova Capital dos mineiros, ainda sem terem sido concluídas todas  as obras.


Solenidade de inauguração da cidade de Belo Horizonte.

Nas primeiras décadas o movimento da cidade era muito pequeno. Poucos habitantes e quase nenhum desenvolvimento. A rua mais movimentada era a rua da Bahia, totalmente elitizada.


Rua da Bahia na confluência com a avenida Afonso Pena.R

A partir dos anos 40 o progresso tomou conta da cidade. Cresce o comércio, chegam indústrias e com elas os trabalhadores que aumentam o número de habitantes e de bairros. O grande impulso na modernização da cidade foi dado pelo então prefeito Juscelino Kubstichek. A construção do complexo da Pampulha é um dos marcos de sua administração.


Lagoa da Pampulha, ainda sem poluição.

Nos anos 60 e 70 o progresso transforma a cidade ainda com ares de interior, em uma metrópole repleta de prédios, com um transito agitado e grande explosão demográfica.


Avenida Afonso Pena, área central de BH.

A partir da década de 90 a cidade passou a conviver com todos os dilemas comuns nas grandes metrópoles mundiais e sua população passou a buscar soluções que parecem cada vez mais distantes.


Vista atual da área central a partir da Serra do Curral.


Fonte de consulta: portal da pbh
Fotos: algumas copiadas da web portalsãofrancisco, pupilavirtual, museudantu,skyscrapercity.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Cerrado: a beleza do bioma e o perigo dos incêndios

O que é o cerrado?

O cerrado é um tipo de vegetação que cobre extensas áreas no estado de Minas Gerais.

De acordo com o dicionário Aurélio: tipo de vegetação caracterizado por árvores baixas, retorcidas, de casca grossa. No bioma do cerrado podemos apontar as nascentes dos principais rios do centro-sul do Brasil, inúmeras plantas exóticas e algumas até desconhecidas do mundo científico e animais silvestres como o nosso lobo-guará, o tamanduá bandeira, siriemas e centenas de outras espécies. Portanto, de suma importância a sua preservação para o equilíbrio do planeta. 


Os incêndios causam danos ao cerrado?

O Cerrado é o segundo maior bioma brasileiro, ocupa cerca de 20% do território nacional, abrigando uma enorme diversidade biológica.
A queimada (coivara) é uma prática comum dos agricultores de áreas de cerrado, utilizada no preparo de novas áreas agrícolas. A vegetação é derrubada e queimada para formar novas pastagens e áreas de plantação.




imagem do site g1.globo.com

Porém, as queimadas provocam aumento da concentração de gases (CO2, CH4, CH3Cl, NOx,, CH4 e O3)  causando mudanças na atmosfera e provavelmente no clima do planeta, além de resultar na formação de camadas de fumaça, causando poluição em nível regional. Outros problemas decorrentes do processo de queima são a erosão e a  degradação do solo, que tem sua fertilidade diminuída; a perda de grupos genéticos da flora e fauna, muitos dos quais ainda não identificados ou não estudados.

imagem do site megaminas.globo.com

E como acontecem os incêndios ?


Um incêndio florestal abrange centenas de km de terras, ameaçando as casas e vidas de muitos animais e pessoas na vizinhança. A maioria dos incêndios florestais são resultado do descuido humano e podem ser intencionais, provocados por fogueiras, cigarros acesos jogados no mato, queimadas de terreno e lixo, fogos de artifício,etc. Há três componentes necessários para que haja um incêndio: combustível para queimar, ar para fornecer oxigênio e uma fonte de calor para levar o combustível até a temperatura ideal. Calor, oxigênio e combustível formam o triângulo do fogo. Os incêndios florestais se propagam com base no tipo e quantidade de combustível que os cerca. O combustível pode incluir tudo, desde árvores, arbustos e campos de grama seca a casas.  
imagem do site noticias.uol.com.br
Então, o que podemos fazer para evitar os incêndios no cerrado?                                                                           
-Conscientizar as pessoas sobre a importância do bioma do cerrado.
- Conscientizar as pessoas sobre os prejuízos causados pelos incêndios na atmosfera. 
-Evitar a coivara.
- Não jogar cigarros acesos no mato.
- Não soltar fogos de artificios perto dos campo e matas.
- Não queimar lixo ou entulhos nas proximidades das áreas de matas.
- Não praticar queimadas intencionais. 
Essa postagem é a minha participação na blogagem coletiva " TEIA AMBIENTAL" promovida pela amiga Flora do blog http://floradaserra.blogspot.com/

domingo, 5 de dezembro de 2010

Os jardins de Inhotim

















Situado em Brumadinho, a 60 km de Belo Horizonte (MG), Inhotim caracteriza-se por oferecer um grande conjunto de obras de arte, expostas a céu aberto ou em galerias temporárias e permanentes, situadas em um Jardim Botânico, de rara beleza. O paisagismo teve a influência inicial de Roberto Burle Marx (1909-1994) e em toda a área são encontradas espécies vegetais raras, dispostas de forma estética, em terreno que conta com cinco lagos e reserva de mata preservada.
O Instituto Inhotim, Organização da Sociedade Civil de Interesse Público - OSCIP, além desses espaços de fruição estética e de entretenimento - que lhe garantem um lugar singular entre outras instituições do gênero - desenvolve também pesquisas na área ambiental, ações educativas e um significativo programa de inclusão e cidadania para a população do seu entorno. 
O acervo artístico abriga mais de 500 obras de artistas de renome nacional e internacional, como Adriana Varejão, Helio Oiticica, Cildo Meireles, Chris Burden, Matthew Barney, Doug Aitken, Janet Cardiff, entre outros. O Inhotim se diferencia de outros museus por oferecer ao artista condições para a realização de obras que apenas em seu parque poderiam ser construídas.
Em uma área de 97 hectares, o Jardim Botânico conta com diversas coleções botânicas entre as quais se destacam a de Aráceas, uma coleção de orquídeas da espécie Vanda, com 350 indivíduos de diferentes espécies e, ainda, uma das maiores coleções de palmeiras do mundo com mais de 1.400 espécies. Pesquisas e projetos botânicos e paisagísticos são desenvolvidos em parceria com órgãos governamentais e privados.

Fonte:

sábado, 4 de dezembro de 2010

Banana engorda e faz crescer!


Cacho de banana maçã.


Pessoal! Fui verificar uma capina que havia encomendado para a limpeza de um terreno baldio e me surpreendi com a enorme touceira de banana com cachos prontos para serem cortados ... Havia até um ninho de passarinho entre as pencas de um dos cachos! Observem o lado esquerdo do cacho na foto acima.

Afinal, banana é bom pra quê?

Contém vitaminas B e C, neutraliza a ação de ácidos no organismo, ajudam na regularização do sistema nervoso e aparelho digestivo, dá resistência aos vasos sanguíneos, evita a fragilidade dos ossos e dentes, age contra infecções e ajuda a cicatrizar ferimentos.
Por ser de fácil digestão, é recomendada às crianças e aos que sofrem de distúrbios digestivos, porque suaviza o trato intestinal. Como tem ação reguladora, é indicada para combater a diarréia.
Em casos de queimaduras, inflamações, inchaço, feridas, chagas e nevralgia, basta usar sua casca fresca e em boas condições e aplicá-las sobre a parte afetada. A casca deve ser presa ao ferimento sem contudo apertá-lo. A casca da banana deve ser renovada a cada 2 ou 3 horas.
Para consumo imediato, a banana deve ser amarela, com pequenas manchas marrons, firmes e sem rachaduras ou sinais verdes.          .
Em temperatura ambiente a banana madura se conserva por 5 dias.
Cem gramas de banana-maçã contém 100 calorias.
Informações retiradas do site:

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Helena Morley, Minha Vida de Menina


Foto de Helena Morley existente na edição abaixo.



Hoje quero sugerir a todos vocês leitores dessa postagem, que aventurem-se nas páginas do livro Minha Vida de Menina, de Helena Morley. 
Seu nome de batismo é Alice Dayrell Caldeira Brant. Nasceu em Diamantina no dia 28 de agosto de 1880 e faleceu no Rio de Janeiro em 22 de junho de 1970.
Minha vida de Menina, foi publicado pela primeira vez em 1942, embora tenha sido escrito entre os anos de 1893 e 1895. Tamanho o sucesso da obra, foi traduzido para o inglês,  francês, italiano e editado também em Portugal. Sendo a única obra escrita e publicada por Helena Morley.
Na realidade, o livro trata-se de um diário onde a autora registrou parte de seu cotidiano de menina provinciana nos fins do século XIX. São textos encantadores que a cada página nos revela a vida simples e pacata dos moradores da cidade de Diamantina num momento em que a atividade mineradora estava bastante decadente. Os conflitos sociais, a religiosidade, as disparidades econômicas, os relacionamentos familiares, o cotidiano infanto-juvenil, as tradições, o amor, o modismo e muito mais ...
Por ter ascendência inglesa, a autora revela a rede de ligações e intrigas entre os imigrantes europeus e a população local.
Segundo relatos da autora no prefácio de sua primeira edição, ela  tinha o hábito de escrever o que sucedia com ela no cotidiano. Vários cadernos foram escritos, principalmente porque era uma exigência do seu professor de português que os alunos fizessem uma composição (redação) diária com tema à escolha.
Esses cadernos foram guardados e esquecidos, reaparecendo em meio a uma mudança. E assim foram lidos para suas netas, no intuito de que elas ficassem sabendo como fora a sua vida de menina pobre no interior.
Fascinado com os textos, seu marido teve a iniciativa de transformá-los num livro,  para a surpresa de todos, com grande aceitação do público em todos os tempos.
Para os interessados em saber da história e dos costumes mineiros no século XIX é uma boa fonte de consulta.            
Após á leitura do livro é recomendável também o depoimento de alguém que conviveu com a autora já em idade avançada.

E, claro! Assistir ao filme Vida de Menina, inspirado nos relatos do diário de Helena Morley.