sábado, 28 de março de 2020

Meu 12º dia isolamento social em Belo Horizonte


Eis que completo hoje o 12º dia de isolamento social ou quarentena voluntária. Quarentena é uma palavra que nos remete a 40, um número exato. Isolamento significa distância e não nos acusa um tempo determinado. Por isso, preferido usar o termo isolamento social para esse tempo de incertezas.

Há alguns dias pensei em escrever as minhas memórias do cotidiano desse momento conturbado pelo qual o mundo está passando. O espaço de convivência real é pequeno, um apartamento num bairro não distante do centro de Belo Horizonte, numa avenida movimentada a qual receberia nos séculos passados o nome de rua do comércio, porque de tudo um pouco se tem por aqui.

Da janela lateral vejo o movimento no quarteirão, no estacionamento de um supermercado, na farmácia, no festfood e na padaria. Muitas pessoas fora de casa. Alguns fazendo caminhada, outros indo às compras ou na direção do quarteirão dos bancos, e assim vai ...

Me preocupo por estar vendo muitos idosos entrando e saindo do supermercado. Alguns sozinhos, outros em família ... Nas várias vezes, em horários variados, que cheguei para ver a vista da janela, os vejo nessa situação de vulnerabilidade. 

Hoje tive que atravessar a avenida e ir até a farmácia. Havia seis dias que eu não saia de casa. A sensação é de impotência. Não deveria, mas é o que senti. Entrei e logo me deparei com a fila escalonada numa distância de dois metros. Fora a distância de um metro entre o cliente  e o funcionário do balcão ou do caixa. Para completar o "terror" necessário, estava tudo isolado com faixa amarela.

Me chamou atenção a farmacêutica estar usando máscara igual aos outros funcionários, porém sobreposta por uma de acrílico. Pensei, procedimentos necessários ... Até eu passar no caixa e ver que apesar de todo o aparato, a máquina do cartão estava envolta em plástico e todos tocavam e não havia álcool gel para higienizar as mãos depois. Necessário? Sei lá ... Nessa hora o cérebro viaja!

Aproveitei que já estava exposta e entrei no supermercado onde encontrei uma conhecida. Ela disse que no prédio dela há caso suspeito de COVID19. Preocupante ... Mas o pulo que o repositor de mercadorias deu para trás quando ouviu a fala dela, foi por demais engraçado.

E vocês, como estão percebendo o isolamento social?

#ficaemcasa #todoscontraocoronavirus

4 comentários:

  1. Boa tarde de sábado, com paz e saúde, querida amiga Anabela!
    O meu está fazendo 10 dias, mas estou rezando para que não precise ir nem tao cedo.
    Não consigo imaginar viver na total pacificação após este vírus.
    Fui até o andar da lixeira pela escada, mas tinha outra pessoa e ficamos ambos correndo um do outro. Que situação!
    Ser humano fugindo de ser humano.
    Vamos ver, confiar e esperar coisas boas.
    Temos a fé por suplemento.
    Tenha um domingo abençoado!
    Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem

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    1. Temos que exercer a paciência e aguardar o tempo de Deus. Abçs.

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  2. Oi Ana, estamos nesta determinação aqui em Salvador com o governador batendo de frente com o presidente e cercando a cidade por terra, ar e água. Até as praias tiveram cercas colocadas porque o povo acha que é feriadão. Policiais e guarda municipal, como bombeiros estão pelas ruas com carro de auto falante. Mas aqui como aí tem os sem noção e teimam em ficar pela rua.
    Fica em casa e cuide-se amiga, que logo tudo vai passar e vai poder sentir o verde do Parque e da Pampulha e dar uns giros pela nossa Minas tão Gerais.
    Abraços.

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    1. Isso mesmo Toninho ... Se Deus quiser sairemos dessa. Abçs.

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