sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Um jornal diferente


Imagem Daqui

Um meio de comunicação alternativo na cidade de São João Del Rei.Com a proposta  de informar à população são-joanense o que acontece no município por um método artesanal, simples e econômico, um mural.
Seu idealizador foi João Lobosque Neto, Fiscal da Receita Estadual, mais conhecido como Joanino Lobosque que, por sua vez, teve inspiração na figura de Dona Adelina Corroti, que na segunda década do século XX tinha por hábito pregar nos postes, mensagens, recados e notícias diversas que causaram grande interesse por parte da população.
A coleta de dados acontecia quando, em exercício da sua profissão, Lobosque percorria toda a cidade, observando assim, os fatos do cotidiano das pessoas. Este informativo não obedecia a uma periodicidade de acordo com a incidência dos acontecimentos locais.
Desde 1952, o jornal era manuscrito e, sempre que acontecia “um furo”, Lobosque ou algum colaborador percorria os principais pontos da cidade tocando uma sirene, o que ocasionava um grande aglomerado de pessoas em torno do poste para se inteirarem dos fatos ali afixados.
Em 1958, o “Jornal do Poste” foi registrado em cartório.Com grande popularidade, o informativo contava com oito páginas e passou a ser fixado em murais distribuídos em pontos estratégicos da cidade. Sua produção também mereceu novas adequações. O que antes era manuscrito, passou a ser datilografado. As manchetes continuaram manuscritas, porém ganharam destaque com o uso de pincéis atômicos nas cores verde, vermelha e azul.
A grande procura por parte da população chamou a atenção não apenas de Lobosque como também dos comerciantes que viram neste veículo uma oportunidade para a divulgação de seus serviços e produtos.Deste modo, o jornal passou a se auto-sustentar com a venda de anúncios publicitários.
Joanino Lobosque contava a ajuda de colaboradores que, além de enviar notícias, o ajudavam na confecção e na distribuição dos jornais nos quinze placares existentes na época . Além de assuntos políticos e jurídicos, o jornal noticiava crimes, casamentos, agenda paroquial, intrigas das mais diversas naturezas, separações, falecimentos, nascimentos, enfim, todo tipo de acontecimento social.
Joanino Lobosque passava horas antenado nos noticiários nacionais e internacionais. Seu grande companheiro era um rádio que, durante a madrugada, disponibilizava um grande volume de informações que poderiam ser de interesse da população são-joanense, como é o caso do noticiário do “Repórter Esso”.
Com a morte do seu fundador em 1985, José Firmino Monteiro, antigo colaborador e “braço direito” do jornal, adquiriu os direitos da família de Lobosque e dá continuidade ao “Jornal do Poste”.
Em 1991, após a morte de José Firmino Monteiro, seu filho, Cláudio José Monteiro, com apenas dezoito anos de idade, continuou com a tradição do “Jornal do Poste”. Com a nova administração, o jornal sofreu algumas alterações. Cláudio optou por uma postura mais moderada e  a partir do ano de 2000 informatizou o jornal.

fonte: pesquisa google - diversos

9 comentários:

  1. Boa-noite, Anabela
    Muito interessante a história do Jornal do Poste, desde 1952, passou por vários donos e continua firme até hoje.
    Beijo.

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  2. Caramba, que incrível!
    Adorei saber mais. Parabéns pelo post!
    Bjns
    :O)

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  3. Ahhhh, mas imagino que continua ainda o poste como jornal.Uma pena a modernização...parecia ser bem interessante todos lendo as notícias no poste.

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  4. Parabéns pelo post! Você nesse nos mantendo informada com as notícias de nosso estado. Beijos!

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  5. Que legal e interessante isso. Um bom meio de divulgação! beijos,linda semana,chica

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  6. Muito interessante este post, e que criatividade primeiro de Dona Adelina, depois a inspiração de João Lobosque e toda a sequência depois. O interessante é a forma usada para divulgar as notícias.

    Um abraço já estamos te seguindo.

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  7. OI Anabela,
    fantástica essa ideia de mural para informar a população. Econômico e criativo.
    beijos
    Chris
    http://inventandocomamamae.blogspot.com/

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  8. Como é bom sabermos de como as pessoas se informavam em outros tempos.
    Inclusive a extinta revista Realidade também focou nesse assunto, num artigo de 4 páginas.
    Elogiável sem dúvida essa sua publicação, quando hoje muitos se contentam em apenas ler as manchetes das reportagens, ou apenas o dito WhatsApp.
    Enorio Luiz Simon - Luzerna SC

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