sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Como se obrava em Minas Gerais no século XVIII?

Dizem que Luís XVI, da França, despachava sentado em cadeira íntima no formato de trono, então imaginem quantos segredos foram confabulados nesse ...

Para quem pensa que as antigas e quase extintas "casinhas" que ficavam no fundo dos quintais e eram construídas por cima de uma fossa, foram as instalações sanitárias mais usadas pela nobreza européia no Brasil colônia, eis aqui uma amostra do luxo que se encontrava nas mansões mineiras entre os séculos XVIII e XIX.
O sanitário da imagem encontra-se na Casa dos Contos em Ouro Preto, local onde morava o enviado do rei de Portugal para arrecadar os impostos reias. Portanto, trata-se de um sanitário de luxo, feito de pedra sabão, num canto da sala cujo o piso também é o teto da senzala por onde os dejetos tinham vazão se escoando pelo córrego que passa ao lado da casa.  
Observem que o sanitário tem lugar para duas pessoas, digo, dois homens, pois as mulheres usavam os penicos e cadeiras higiênicas que ficavam nos quartos. Gente, isso era para os ricos, os pobre se viravam como a natureza permitisse. Para limpar, os ricos usavam toalhinhas de cambraia, lavadas e engomadas pelas escravas. Os pobres e a classe intermediária usavam o sabugo de milho. Se quisessem suavidade tinham que cozinhar o sabugo antes de usá-lo.
Em dias de festa e nos lugares mais públicos, como por exemplo, no palácio imperial ou na casa de um nobre barão ... haviam algumas cadeiras higiênicas espalhadas por detrás das cortinas e em caso de emergência podiam ser usadas pelas mulheres também.
Em reuniões importantes, o ritual era o seguinte: a pessoa necessitada se dirigia ao anfitrião e ele anunciava a todos que o sujeito iria se ausentar por alguns minutos para ... obrar! É pouco ou querem mais!?

O formato do assento foi projetado para a anatomia do corpo masculino.

domingo, 21 de agosto de 2011

Pela estrada a fora, rumo a Teixeiras ...

Numa estrada rural temos a oportunidade de ver raras belezas. É só observar e não esquecer de apertar o clique  da máquina para eternizar esses momentos. Foi pela estrada a fora, lá pelas bandas de Taquaraçu nas divisas com Jaboticatubas, que essas cenas foram registradas ... 

Qued'água limpa e gelada, bem à beira da estrada.


De tudo um pouco ...

Nossa velha conhecida, a palmeira macaúbas, sendo regada por um curso d'água em cascata.

Por baixo do mata burro, corre água bem fresquinha em meio ás lajes de pedra.

Só falta uma casinha branca com varanda, para ver o sol nascer!

Por falta de placas indicativas ninguém fica perdido.
 
Em plena temporada de seca, ela brota e escorre ...

Sinal da presença cristã.


sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Santuário do Senhor do Bonfim

Situado na cidade Bonfim,  há 90 km de Belo Horizonte, o Santuário do Senhor do Bonfim foi erguido no século XIX e há dois século atrai anualmente centenas de romeiros durante os dias de realização do jubileu. a cidade de Bonfim tem suas origens ligadas à exploração do ouro no século XVIII, como aliás, quase todas as localidades mineiras. 


Aspecto do interior da igreja.

Altar lateral direito.

Altar lateral esquerdo.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A gruta da Lapinha

Espeleotemas em formato de couve-flor.
A Gruta da Lapinha se localiza na região arqueológica de Lagoa Santa/Parque do Sumidouro, num maciço formado há 600 milhões de anos, por restos de fundo de um mar que cobria a região.
Em seus salões existem diversos espeleotemas constituídos por minerais nas mais variadas formas, como couve-flor, cascata, cortina e pirâmides. Sua extenção aberta à visitação é de 511 metros, numa profundidade de 40 metros.
 Recebeu uma série de melhoramentos na infraestrutura que  realça seus salões cobertos de estalactites e estalagmites, valorizam as formações calcárias  e criam condições para que o público seja bem recebido e possa conhecer, com todo conforto, essa jóia da região cárstica. O primeiro equipamento ficou pronto em maio. Trata-se de um sistema de lâmpadas do tipo LED (diodos emissores de luz) programado para gerar até 16 milhões de tonalidades. Um cenário que, sem dúvida, permite uma viagem ao tempo das cavernas com tecnologia de última geração.

Corredor interno, foto do Portal Uai.
 
Formas em cortinas.
 
Cortina com rocha em coloração avermelhada.

Parede interna próximo a um abismo.
 
Belíssima cortina!
 
Cortina e cascata.
 
Entrada da gruta.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

A casa de Fernão Dias, na Quinta do Sumidouro


No Arraial do Sumidouro, Fernão Dias Paes e sua bandeira manteve o cultivo roças e a criação de pequenos animais para abastecer suas tropas durante quatro anos. Neste local, onde hoje se localizam se distritos de Fidalgo e Quinta do Sumidouro, ainda podem ser encontrados edificações do período bandeirista e colonial, com destaque para a “Casa Fernão Dias” e a Capela Nossa Senhora do Rosário, ambas tombadas pelo IEPHA.
Na verdade, a casa que todos conhecem como "a casa de Fernão Dias" não pertenceu a ele, foi construída bem depois de sua presença no local. Era uma casa de comércio à beira do caminho, onde também morava o proprietário do negócio e certamente com espaço para o pouso aos viajantes mais ilustres.
Segundo documentos do Arquivo Público Mineiro, os bandeirantes paulistas chegaram a Pedro Leopoldo seguindo as ordens de Fernão Dias Paes, provavelmente no dia 13 de março de 1673. Este havia enviado na vanguarda de sua bandeira uma expedição chefiada por Matias Cardoso a quem cabia plantar roças de milho e mandioca e reunir animais como porcos e galinhas, em toda extensão do percurso até o Serro Frio.
Em 21 de junho de 1674, Fernão Dias atravessa o Vale do Paraíba, a Serra da Mantiqueira e percorre incansavelmente os locais para pouso, em busca de ouro e pedras preciosas. Estes locais assinalados como pouso formaram posteriormente povoações, a saber: Ibituruna, Paraopeba (Betim), Sumidouro, Roça Grande (em Sabará), Itacambira, Itamarandiba, Esmeraldas, Mato das Pedrarias e Serro do Frio.
Quando chegou a Sabará, Fernão Dias procurou ainda por três meses prata e esmeraldas. Como não encontrou nada, voltou para o Sumidouro onde fundou um arraial e ficou a espera do auxílio solicitado à sua esposa, D. Maria Rodrigues Garcia Betim. Fernão Dias  veio a falecer, provavelmente de febre amarela ou febre palustre como era chamada, por volta de 1681.
Atualmente a "casa de Fernão Dias" funciona como sede do Parque Estadual do Sumidouro, pode ser visitada e em seu interior existe uma exposição de painéis que contam a história do bandeirismo paulista em MG. É de lá também que saem os grupos de visitantes para as trilhas arqueológicas.  É um lugar agradável, mas que precisa de investimentos locais na infraestrutura de apoio ao turismo, principalmente com abertura de restaurantes e lanchonetes. Vale a pena visitar!

Observando as fotos abaixo, fica claro como a arquitetura é simples, mas nem por isso a casa perde a elegância herdada da época de sua construção.

A casa de Fernão Dias vista de frente.
Visão lateral da casa.

Aspecto interno.
O forro da casa, no modelo original.
Detalhes da construção numa parede interna. 
Aspecto interno da sala com visão para a rua. 

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

1º ANIVERSÁRIO DO BLOG

 Sejam benvindos à nossa festa!!!

Imagem do bolosdotioze
Gente querida que sempre anda por aqui! Vocês são  convidados especiais para essa festa!
O tempo passou tão rápido que parece ter sido ontem a publicação de minha primeira postagem. Cheguei na blogosfera um tanto quanto desconfiada, como todo mineiro de raiz, mas aos poucos fui me sentindo à vontade e, o que eu pensava não durar alguns meses, completa hoje um ano de existência. O blog da Anabela Jardim!!!
Agradeço a todos que frequentaram e ou passaram por esse espaço até o dia de hoje, pelo carinho e reconhecimento do meu  esforço para que a cada dia a cultura mineira seja mais conhecida e valorizada. Vocês são testemunhas do amor que tenho por essa terra, por esse povo, por tudo que nos encanta e nos torna pessoas felizes!    
Hoje, tenho dezenas de seguidores cadastrados e outras dezenas que mesmo sem o cadastro de seguidor do blog eu sei que diariamente passam por aqui ...
Obrigada pela presença!
Que Deus nos permita comemorar outros aniversários.
Obrigada pela presença! Voltem sempre!
O selinho é uma lembrançinha para vocês! 









quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Parque Estadual do Sumidouro



Recentemente aberto à visitação mediante acompanhamento de guia especializado, o Parque Estadual do Sumidouro é fruto de uma vitória  conquistada mediante a união de vários setores da sociedade que travaram uma verdadeira batalha política para minimizar a desenfreada corrida pela exploração dos minérios existentes na região. Não só pelo fato de ser necessário preservar a diversidade das áreas de cerrado, mas principalmente pelas grutas que desde o século XIX vem sendo exploradas por arqueológos que obtém muito sucesso em suas escavações devido à riqueza de artefatos e fósseis já encontrados e possivéis de serem encontrados na região.
Basta lembrarmos das inúmeras descobertas e os estudos efetuados por  Peter Lund   ( preguiças gigantes, fósseis humanos e outros) e da descoberta do crânio feminino ( batizado de Luzia ) na década de 70 do século XX pelo arqueológo Walter Neves, com idade aproximada de 12 mil anos, trazendo novas explicações para a história da origem do homem americano. 
O decreto de criação do parque é de 1980, mas somente em 2011 foi inaugurado oficialmente.
Ocupa uma área de 1300 hectares entre os municípios de Lagoa santa e Pedro Leopoldo, onde é possível encontrar cerca de 170 sítios arqueológicos e 52 grutas, além de pinturas rupestres datadas de mais de 4000 anos. Destaca-se dentro da área do parque a Gruta da Lapinha, aberta à visitação e a Lagoa do Sumidouro com 15 Km de perímetro e acesso pelas trilhas com monitores do parque.  


As marcas  vermelhas indicam na foto as aberturas para entrada na gruta. Essa não é aberta ao público e chamada de Gruta do Baú. Fica às margens da estrada que liga o distrito de Fidalgo à cidade de Pedro Leopoldo.

Aqui temos um paredão rochoso onde há pinturas rupestres. Fica às margens da Lagoa do Sumidouro.
Lagoa do Sumidouro.

Lagoa do Sumidouro.