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Tradição herdada dos colonizadores. Dia festivo em Minas Gerais desde o início da ocupação do território pelos mineradores, a partir do século XVIII.
Atualmente, se a apreciação do evento para muitos não tem cunho religioso, pelo menos que o percebam como uma grande manifestação cultural felizmente ainda mantida com muito fervor pelos devotos católicos, fervor religioso que comprova com folga nossas raízes portuguesas.
" Em Diamantina, os festejos incluem cortejo com participantes em trajes de época do império, alvorada, missa e espetáculo de fogos de artifício.
Originalmente, a Festa do Divino constituía-se do estabelecimento do Império do Divino, com palanques e coretos, onde se armava o assento do Imperador, uma criança ou adulto escolhido para presidir a festa, que gozava de poderes de rei. Tinha o direito, inclusive, de ordenar a libertação dos presos comuns, em certas localidades do Brasil e de Portugal.
Para arrecadar os recursos de organização da festa, fazia-se antecipadamente a folia do Divino: grupos de cantadores visitam as casas dos fiéis para pedir donativos e todo tipo de auxílio. Levavam com eles a Bandeira do Divino, ilustrada pela Pomba que simboliza o Espírito Santo e era recebida com grande devoção em toda aparte. Essas folias percorriam grandes regiões, se estendendo por semanas ou meses inteiros.
Para se ter uma ideia do prestígio da Festa do Divino no século XIX, o folclorista Câmara Cascudo lembra que o título de "Imperador do Brasil" foi escolhido em 1823 pelo ministro José Bonifácio, porque o povo estava mais habituado com o título de imperador (do Divino) do que com o nome de rei."
fonte: educacão.uol.com.br/cultura-brasileira/